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Na segunda passagem pela seleção, Dunga comandou a equipe em 26 partidas. | /
Na segunda passagem pela seleção, Dunga comandou a equipe em 26 partidas.| Foto: /

A segunda edição da Era Dunga na seleção brasileira deve ter seu capítulo final nesta terça-feira (14). Pouco depois de desembarcar no Brasil, voltando da fracassada missão na Copa América Centenário, o treinador já segue para o Rio para ter um encontro com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero. A reunião está programada para as 14 horas.

A tendência é que o ex-volante seja substituído no comando da equipe nacional. Tite, atualmente no Corinthians, é o nome mais cotado, e já antecipou que aceitaria o cargo em caso de demissão de Dunga. Exigiu apenas poder montar sua comissão técnica, o que é praxe na seleção.

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Segundo a Agência O Globo, o dirigente pretende ouvir o treinador e o coordenador de seleções da entidade, Gilmar Rinaldi, antes de tomar uma decisão. Já o ex-goleiro tem uma explicação diferente para a reunião: discutir a lista de convocados para a Olimpíada do Rio-2016, cujo prazo para o envio se encerra na quarta-feira (15).

Contrariando a opinião de imprensa e torcedores, Gilmar Rinaldi defende ainda que o trabalho de Dunga foi “bem feito”. “Não estamos felizes com a eliminação, ninguém dormiu nessa noite. Vamos apresentar o relatório ao presidente, e temos coisas boas, jogadores que chegaram bem, outros que se firmaram”, comentou o coordenador de seleções.

Em campo, os 44,4% de aproveitamento na Copa América – uma vitória, um empate e uma derrota – representam a pior campanha da seleção no torneio desde 1923. Naquele ano, o Brasil perdeu as três partidas disputadas.

75,6%

Contando amistosos, a segunda passagem de Dunga registra um desempenho de 75,6% – 18 vitórias, 5 empates e 3 derrotas. O retrospecto em jogos oficiais, porém, é bem inferior: 51,3%; 5 vitórias, 5 empates, 3 derrotas.

A grande dúvida, caso haja mudanças na seleção principal, é com relação aos Jogos Olímpicos. Para a equipe da Rio-2016, que vem sendo dirigida por Rogério Micale, inicialmente Dunga seria o comandante, com Micale como auxiliar. A estratégia pode ser mantida mesmo que ele deixe o time principal. Outra opção seria a efetivação de Micale na função. Tanto os nomes dos jogadores como da comissão técnica precisam ser comunicadas nesta quarta-feira (15). O tempo é curto.

Dentro da CBF, é dado como certo que o trabalho de Dunga e Rinaldi será avaliado em conjunto. Assim, ou os dois continuam nos cargos, ou ambos serão demitidos.

Acúmulo de fracassos

A volta de Dunga à seleção brasileira, em 2014, para promover uma renovação na equipe que perdeu por 7 a 1 para a Alemanha a semifinal da Copa do Mundo, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, tem sido de fracassos consecutivos. Primeiro, caiu nas quartas de final da Copa América de 2015, derrotado nos pênaltis pelo Paraguai. Depois, com o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, viu o time sofrer diante dos rivais sul-americanos. Atualmente é o sexto colocado, fora da zona de classificação para o Mundial. Por fim, passou vergonha nos EUA, com a eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário. Passou em branco nos duelos com Equador e Peru, além de ser o único time a ser vazado pelo modesto Haiti (7 a 1).

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