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Joachim Löw acena durante a Copa do Mundo de 2014: técnico se preocupou com o clima de luto que o 7 a 1 poderia provocar no Brasil. | Arnd Wiegmann/Reuters
Joachim Löw acena durante a Copa do Mundo de 2014: técnico se preocupou com o clima de luto que o 7 a 1 poderia provocar no Brasil.| Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Um ano depois de “uma das maiores humilhações da história do futebol”, como ainda hoje a derrota de 7 a 1 na semifinal contra o Brasil é vista pela imprensa alemã, o treinador Joachim Löw disse que a vitória foi a mais importante da sua carreira e teve também o efeito de “alta motivação nas partidas seguintes”.

“O jogo já entrou para a história do futebol alemão como uma vitória sensacional que foi também a que causou mais apreensão“, afirmou Löw.

“Durante o intervalo [do 7 a 1], falei com cada jogador, exigindo que evitassem uma arrogância para com os derrotados. Para mim, era importante não humilhar os brasileiros.”

Joachim Löw, técnico da Alemanha.

Preocupado com o clima de luto nacional que julgava que a derrota provocaria entre os torcedores, Löw afirmou que queria orientar os jogadores a adotar uma posição de humildade, porque sabia o que era perder um jogo importante da Copa em casa

“Durante o intervalo, falei com cada um dos jogadores, exigindo que evitassem uma arrogância para com os derrotados. Para mim, era importante não humilhar os brasileiros”, falou Löw ao jornal alemão Die Welt, na edição de 28 de junho. Apesar do zelo, percebeu que seus atletas já tinham entendido a situação. “Os jogadores estavam surpresos [com a goleada], mas já tinham adotado a postura certa para a ocasião“, lembrou.

Löw comparou a situação do Brasil na derrota do ano passado com a da Alemanha ao perder na Copa em casa. Em 2006, a Alemanha foi derrotada pela Itália na semifinal, perdendo a chance de ser campeã mundial em casa, como na Copa de 1974.

O treinador alemão lembra que ainda hoje não compreendeu porque a seleção brasileira continuou perdida no segundo tempo. Ele esperava uma reação, mesmo que fosse apenas para melhorar o placar. Mas ele nega ter orientado os seus jogadores para não fazer ainda mais gols, como foi noticiado pela imprensa alemã.

“Os brasileiros desaprenderam o futebol, mas continuam um povo simpático.”

Rudi Völler Ex-treinador alemão

“Para o segundo tempo eu pedi aos jogadores o mesmo empenho, seriedade e dedicação que haviam mostrado no primeiro tempo“, disse.

Também Jens Grittner, porta voz da seleção, lembra que depois da surpresa absoluta, a preocupação de todo o time foi mostrar respeito aos anfitriões derrotados. “Para nós, era importante tratar com respeito os adversários porque sabíamos que os jogadores e principalmente a torcida estavam tristes com o que viam”, disse Grittner.

Grittner lembra que como durante toda a Copa, Löw e seu vice, Hansi Flick, prepararam os jogadores para a partida analisando vídeos de jogos dos adversários. No caso do Brasil, Löw teria registrado pontos fracos na defesa, o que usou como estratégia para o jogo. O que não esperava era que a defesa tivesse deixado de existir.

Recentemente, a seleção alemã venceu Gibraltar por 7 a 0, em uma partida classificatória para a Eurocopa do próximo ano. Mas o treinador enfrenta dificuldades com adversários mais fortes. A equipe não parece atualmente tão boa quanto a do último Mundial.

No amistoso dia 10 de junho, perdeu por 2 a 1 para os Estados Unidos. Mas resultados baixos durante fase de testes fazem parte do método Löw. Ele está sempre testando novos jogadores, para encontrar um novo time ideal que deve estar formado antes do próximo torneio. Alguns jogadores decisivos para o time, como o artilheiro Miroslav Klose, deixaram a seleção e Löw iniciou de novo a busca por novos talentos.

Para os alemães em geral, o jogo do dia 7 de julho de 2014 mudou definitivamente a imagem do Brasil, que deixou de ser o país do futebol. “Os brasileiros desaprenderam o futebol, mas continuam um povo simpático”, disse o ex-treinador alemão Rudi Völler.

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