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 | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Em janeiro deste ano, o goleiro Vitor vivia o auge de sua carreira profissional. Ídolo no Londrina, o jogador recebeu uma proposta oficial para reforçar a Chapecoense. Mas Vitor rejeitou por decidir seguir à risca a religião Adventista, que recomenda não trabalhar aos sábados. Em maio deste ano, o goleiro deixou o Tubarão e o futebol para viver com a família em Salvador.

Muito emocionado, o goleiro contou que era para ter morrido na tragédia da última terça-feira (29) com o avião da Chape. “Hoje, provavelmente, minha esposa e meus dois filhos estariam sem pai. Graças a Deus eu estou aqui porque eu sou obediente a Ele. Se fosse por mim, eu estaria na Chapecoense ganhando o meu salário alto e provavelmente estaria naquele avião”, desabafou Vitor em entrevista a CATVE.

Vitor era amigo de Danilo e conhecia bem o goleiro vitimado na tragédia. Com os mesmos 31 anos do companheiro falecido, Vitor seguia os mesmo passos da carreira de Danilo. Os dois atuaram juntos no Arapongas, depois foram para o Londrina e posteriormente a Chapecoense, que Vitor recusou.

“Muitos me chamavam de louco e maluco. Toda a minha família não entendia quando eu tomei a minha decisão. Ninguém aceitava até o dia do acidente. E depois eles foram entender o desfecho. E eu também fui entender”, confessou.

Na próxima temporada, o goleiro estará de volta aos gramados para reforçar o PSTC no Paranaense. “O clube respeitou a minha religião. Não é fácil isso no mundo do futebol”, agradeceu Vitor. “Por algum motivo, Deus poupou a minha vida e hoje eu posso estar com minha família e voltar a jogar futebol”, finalizou o goleiro.

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