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Cimento fresco no setor de visitantes da Vila Capanema. | Aliocha Mauricio/Tribuna
Cimento fresco no setor de visitantes da Vila Capanema.| Foto: Aliocha Mauricio/Tribuna

A Federação Paranaense de Futebol (FPF) se eximiu de culpa nesta sexta-feira (27) pela transferência do clássico Paratiba para Cascavel. Segundo o presidente em exercício da entidade, Amilton Stival, a FPF fez de tudo nas duas últimas semanas para liberar a Vila Capanema, mas o Paraná não teria se mobilizado para corrigir os problemas no estádio.

“Não é culpa da Federação ou da Polícia Militar. É culpa do clube que não viu e não resolveu o que foi pedido”, disse Stival em entrevista à Rádio Transamérica. “Eu não estou satisfeito desse jogo ir para Cascavel. Mas, infelizmente, eu sou obrigado a obedecer a lei e o Estatuto do Torcedor [que obriga o jogo a ter local e horário definido com 72 horas de antecedência]”, acrescentou.

O laudo de segurança da Vila Capanema vence nesta sexta-feira (27). Em inspeção realizada para renovação do documento, a PM não deu aprovação e vetou o estádio para o clássico do próximo domingo (29). Diante da não renovação dos laudos, a FPF argumenta que tentou levar o jogo para o Gigante do Itiberê, em Paranaguá, que teria sido vetado por causa de problemas de gramado. O estádio do J. Malucelli e do Prudentópolis também foram cogitados, mas não teriam a segurança necessária.

Stival ainda disse que, mesmo exclusivo para a torcida do Paraná, o jogo no Couto Pereira também não poderia ocorrer porque seria inversão de mando. “Estou resguardado a mim e a Federação de responder um processo na frente”, argumentou o dirigente.

Mudanças podem ocorrer ainda nesta sexta-feira, desde que o Ministério Público autorize um novo local para o Paratiba, o que feriria o Estatuto do Torcedor. “Eu acho muito difícil sair de Cascavel, mas nada é impossível desde que a Federação não sofra sanção por infringir o estatuto”, disse.

Lado paranista

O veto da Polícia Militar à Vila Capanema foi motivado por soldas mal feitas e pedras colocadas em campo para segurar as placas de publicidade, segundo o novo presidente do Tricolor, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.

Em fevereiro, no dia 23, a PM já havia divulgado um laudo liberando o estádio, mas com restrições por causa de “cimento fresco” usado para consertar as rachaduras, e recomendava uma nova vistoria antes dos próximos jogos.

De acordo com Casinha, todos os problemas foram corrigidos “três vezes”. Além disso, foi aplicada uma manta asfáltica para evitar rachaduras, mas na nova vistoria “acharam mais umas coisinhas”.

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