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Brilhou Fernando Prass, que defendeu duas cobranças | /
Brilhou Fernando Prass, que defendeu duas cobranças| Foto: /

Em um jogo que valeu a expressão ‘clássico’, o Palmeiras derrotou o Corinthians, nos pênaltis, em Itaquera. e garantiu um lugar na final do Campeonato Paulista. Fernando Prass defendeu cobrança de Petros que fechou a série em 6 a 5. O goleiro do Palmeiras correu em direção à torcida do Palmeiras e celebrou o resultado heroico, o primeiro grande revés do Corinthians em sua nova casa.

Por ironia, o Corinthians, então dono da melhor do campanha do Estadual, foi eliminado no campeonato sem ter sido derrotado no tempo normal por nenhuma vez. Nos noventa minutos, o jogo terminou 2 a 2. A classificação deu moral ao time comandado por Oswaldo de Oliveira, que está reconstruindo o Palmeiras. A vaga à final já pode ser considerada um divisor de águas para a equipe.

O Corinthians sucumbiu ao cansaço e ao fato de dividir as atenções em duas competições. Quarta-feira, o time, já classificado, volta o campo e enfrenta o São Paulo pela Libertadores. O Palmeiras aguarda o resultado entre Santos e São Paulo para jogar a final do Paulistão no próximo domingo.

O clássico foi disputado do começo ao fim. O Corinthians virou o placar no primeiro tempo porque, mesmo após levar o primeiro gol, manteve o foco e permaneceu mais tempo com a bola. Já o Palmeiras abdicou do jogo. Victor Ramos, de cabeça, marcou aos 14 minutos. Depois, durante todo os 45 minutos iniciais, o time de Oswaldo de Oliveira recuou e viveu de uma só jogada: contra-ataque puxado por Dudu.

Explorar a deficiência de Fagner era, sim, uma saída, mas não poderia ter sido a única. O resultado parcial poderia ter sido outro se o árbitro Thiago Duarte Peixoto respeitasse a lei de vantagem. Gabriel sairia, sozinho, frente a frente com Cássio. O jogo, no entanto, foi paralisado.

Dalí em diante, o juiz perdeu o controle do jogo. Passou a ser pressionado por ambos os lados. Dali em diante, também, o Corinthians tomou o controle do clássico e marcou dois gols em dez minutos, aos 34 e aos 44. Danilo escorou, de cabeça, uma falta cobrada por Jadson. Ele teve a tranquilidade necessária para, livre de marcação, empatar a partida.

O segundo gol do Corinthians, marcado por Mendoza, expôs uma outra falha do Palmeiras, a falta de pegada no meio de campo. O time de Oswaldo jamais ganhava a segunda bola. Todas as divididas caiam nos pés dos jogadores alvinegros.

Foi assim que a bola voltou ao domínio de Mendoza. O colombiano, que se destaca pela velocidade, disparou, sem marcação, em direção ao gol. Estava tão fácil que ele arriscou de longe e surpreendeu Fernando Prass: 2 a 1.

A atuação de Vagner Love, cercada de expectativa por ser a primeira contra seu ex-clube, foi apagada - como já havia sido na última quinta-feira, contra o San Lorenzo. Está claro que ele só é titular em situações como a deste domingo, quando Tite não tinha Guerrero e Emerson Sheik.

Com Cleiton Xavier no lugar de Lucas, o Palmeiras cresceu no segundo tempo. Jogou mais no campo e na área do Corinthians. Só custou a empatar a partida por puro azar. Cleiton Xavier recebeu um cruzamento de Valdivia e ficou a um palmo de marcar. Dudu carimbou a trave de Cássio.

A triangulação entre esses três palmeirenses se tornou a melhor arma do time de Oswaldo e deu sinais de que Valdivia, Cleiton Xavier e Dudu podem jogar juntos quando os três estiverem 100%.

Oswaldo sabia dos riscos e deu o contra-ataque ao Corinthians. E houve ao menos duas chances para ampliar o placar para 3 a 1. Custou caro. O Palmeiras chegou empate com méritos. E Rafael Marques, bem posicionado no segundo pau, cabeceou cruzado, sem chance para Cássio.

O gol reforçou um problema que tem se repetido na defesa corintiana. A bola área passou a ser fatal. Os dois gols do Palmeiras foram pelo alto. A zaga não se entende e nem tem cobertura, como no foi no gol de Rafael Marques.

O Corinthians terminou o tempo normal extenuado, ainda que Renato Augusto e Elias, poupados, tivessem entrado só no segundo tempo. Nos pênaltis, Elias e Petros erram suas cobranças. No Palmeiras, só Robinho desperdiçou sua chance. Brilhou Fernando Prass, que defendeu a cobrança derradeira de Petros, enquanto Elias desperdiçou a chance de liquidar a fatura ao ser parado pelo goleiro palmeirense.

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