Por causa de uma reforma no gramado da Vila Capanema, o Paraná tenta alterar o local do jogo contra o Mogi Mirim, na próxima sexta-feira (19), às 19h30, para o Ecoestádio, do J.Malucelli.
O Tricolor fez o pedido oficial de mudança à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última sexta-feira (12), sete dias antes do duelo. Segundo o Regulamento Geral de Competições da entidade, entretanto, tal pedido deveria ter sido realizado com no mínimo dez dias de antecipação. O Paraná ainda aguarda o parecer da CBF.
De acordo com o Estatuto do Torcedor, a CBF deve confirmar o local da partida com pelo menos 48 horas de antecedência. As reformas no gramado da Vila começaram na última quarta-feira (10).
“Há muito tempo não era feita uma reforma mais profunda no gramado. Tiramos o excesso de palha e as ondulações. Em seguida, foi feito o plantio do gramado de inverno”, explica Marcos Mello, supervisor de futebol do clube.
“Infelizmente, tivemos de realizar esta mudança no decorrer do campeonato. Se tiver este jogo contra o Mogi Mirim na Vila Capanema, vai prejudicar bastante o trabalho. A aparência está feia. Estamos pensando a longo prazo. Melhor preservar agora para ter um gramado melhor para o restante do campeonato”, prossegue Mello.
Relembre outros problemas do gramado da Vila:
Em 2010, o Paraná tinha dificuldade para trocar o gramado gasto da Vila por falta de verba. A precariedade do piso era tão grande que chegou a afetar o rendimento do clube na Série B. “O problema do gramado interfere na atuação, mas o jogador precisa superar isso”, cobrou o então diretor de futebol Guto de Melo.
Em março de 2013, o gramado da Vila ficou completamente queimado após a aplicação de um herbicida errado pela equipe de manutenção. A maior parte do campo teve de ser trocada, o que gerou indignação do então técnico Toninho Cecílio. “Está horrível. Dos gramados que vi no Paranaense, esse é o pior”, atacou o treinador sobre o campo de sua própria equipe.
O péssimo estado do campo após a reforma por causa da aplicação do herbicida errado forçou Paraná e Atlético a jogarem na Vila Olímpica do Boqueirão, cujo gramado também não estava em boas condições, cheio de barro. O Cruzeiro chegou a entrar com representação na CBF para que não se jogasse mais no estádio. As duas equipes ainda foram forçadas a mandar jogos de dia porque a Vila olímpica não tem iluminação.
Em fevereiro de 2014, o velho discurso sobre a falta de qualidade do piso do Durival Britto se repetiu. À época utilizado pelo Atlético que, com a Arena ainda em reformas, disputava a Libertadores no local, e pelo próprio Paraná, o piso foi criticado pelos paranistas. “O pessoal não molha o campo. Esperar pela natureza fica difícil”, disparou o atacante Giancarlo na ocasião. À época, o vice-presidente de futebol Luiz Carlos Casagrande, hoje presidente, culpou a falta de chuvas pela precariedade.
Ainda em 2014, em julho, durante a parada da Copa, o Paraná precisou fazer nova reforma no gramado, após críticas dos jogadores e da comissão técnica. “Tirando o campo do Oeste, e Itápolis, o nosso gramado era o pior da Série B”, atacou o meia e capitão Lúcio Flávio.
Em janeiro de 2015 as péssimas condições do piso da Vila Capanema quase fizeram o Tricolor ter de alterar o local em que mandaria as primeiras rodadas do Estadual. Na época, a diretoria explicou que o gramado havia sido infestado por uma praga de lagartas oriundas do pólen do milho. Apesar do problema, o clube conseguiu estrear no Paranaense no Durival Britto.
Deixe sua opinião