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Lúcio Flávio e o presidente Luiz Carlos Grande, após o anúncio do adeus do ídolo tricolor. | Antônio More/Gazeta do Povo
Lúcio Flávio e o presidente Luiz Carlos Grande, após o anúncio do adeus do ídolo tricolor.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Nem o ídolo escapou. O Paraná deu nessa segunda-feira (25) o primeiro exemplo de que vai seguir à risca a prometida redução na folha salarial do elenco. O meia Lúcio Flávio, que não aceitou cortar seus vencimentos em 45%, rescindiu contrato e encerrou sua segunda passagem pela Vila Capanema.

Ao todo, foram 301 jogos com a camisa do time que o revelou. “Como falei no início do ano [quando renovei], a partir do momento em que eu acabasse me tornando um peso dentro do clube, era hora de sair”, afirmou o jogador de 36 anos.

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No julgamento da diretoria, o fardo realmente era excessivo para a realidade do clube. Tanto que uma proposta de diminuição de 20% do salário feita pelo meia foi rejeitada por extrapolar o novo teto salarial. O também veterano goleiro Marcos, por outro lado, chegou a um acordo e renovou até dezembro de 2016.

Sem revelar números, o presidente Luis Carlos Casagrande, o Casinha, apenas dimensionou o tamanho da redução: mais de 50% em relação ao plantel que disputou o Paranaense, ainda na gestão do então presidente Rubens Bohlen, que renunciou há cerca de dois meses.

“É [um corte] crucial porque estávamos chegando no dia 5 do mês sem conseguir pagar ninguém. Isso tem de acabar”, explicou o dirigente, que assim prometeu manter os salários em dia até o restante da temporada.

INFOGRÁFICO: Veja a trajetória de Lúcio Flávio nos jogos 301 jogos pelo Paraná

Apesar de lamentar a saída de Lúcio Flávio, o Paraná já havia se preparado para uma eventual perda do ídolo. Do interior de São Paulo, trouxe os meias Rafael Costa, ex-Penapolense, e Marcos Paraná, ex-Mirassol.

Agora, o diretor de futebol Durval de Lara Ribeiro, o Vavá, aguarda a resposta de apenas dois jogadores – um deles é o meia Ricardinho – para fechar a redução da folha. Quem não aceitar, está fora.

“O interesse era de que ele [Lúcio Flávio] ficasse, mas, infelizmente, dentro do nosso planejamento entendo que o futebol não se faz de qualquer jeito... E nós desenhamos um teto salarial”, explicou Vavá.

Em cerca dois meses, a nova diretoria do Paraná trouxe 16 nomes para o grupo, todos dentro da filosofia de menor custo. Mas nem por isso se perde a expectativa de uma campanha competitiva na Série B. “Vamos manter um grupo com qualidade com uma folha mais baixa do que antes. Só assim vamos conseguir ter um time guerreiro, que vença em campo”, garantiu Vavá.

“O clube contratou jogadores que se destacaram. Mas tem de ver vestindo outra camisa. Se 40% dos reforços derem certo já é um grande número. Torcemos por isso”, despediu-se Lúcio Flávio.

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