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Quem acreditou na Atletas Brasileiros S/A, empresa criada em 2010 por um grupo de investidores para transformar direitos econômicos de jogadores do Paraná em ações na Bolsa de Valores, ainda não foi ressarcido pelos valores investidos na empresa, que fechou em 2015.

Entenda por que o investimento na Atletas Brasileiros S/A não deu certo

Alguns já desistiram de reaver o dinheiro. Outros buscam a Justiça. Situação que deve onerar ainda mais o caixa tricolor. Em sua maioria, os investidores são paranistas. Na quarta-feira (27), um deles participou de audiência de conciliação com o Paraná e a empresa.

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O clube enviou advogados, mas a Atletas não enviou representantes. Por ainda frequentar a sede da Kennedy e os jogos na Vila, o torcedor prefere não se identificar, com receio de retaliações. Ele investiu R$ 7,3 mil em ações, em 2013. Agora, além do ressarcimento, cobra as partes por perdas e danos e danos morais. O valor da causa é de R$ 29,8 mil.

Antes das vias jurídicas, ele aceitou um acordo de permuta oferecido pelo Paraná. “Eu receberia produtos oficiais e mensalidades de sócio. Aceitei. Depois, nunca mais responderam”, relata. “A antiga sede da empresa não existe. Temos de encontrar alguém da Atletas para seguir o processo”, diz o advogado Maurício Alcântara, representante do torcedor.

Procurado, o vice-presidente do Tricolor, Christian Knaut, pediu tempo para se inteirar do caso. Em seguida, respondeu por meio de nota que reflete o posicionamento do clube. “Houve uma audiência conciliatória no juizado especial cível hoje [quarta-feira], onde a Atletas não compareceu, pois não foi devidamente citada. Lembrando que o Paraná é acionista da empresa, mas a empresa possui diretoria constituída”, diz o texto.

Vale lembrar que, em 2013, o clube virou acionista majoritário da empresa. Em janeiro de 2015, após a CBF acatar determinação da FIFA de que somente clubes poderiam deter os direitos econômicos de atletas, a Atletas chegou ao fim. Knaut não revelou quem é o atual presidente da empresa.

Outro torcedor, o advogado Rafael Struszike, 30 anos, diz não ter esperança de reaver os R$ 1,5 mil que investiu. “Nunca fui procurado pelo clube para negociar. É o clube que torço. Mas acho que não passou de um processo para caçar dinheiro do pessoal”, desabafa. Ele não pretende entrar na Justiça para não ter mais ‘dores de cabeça’.

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