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Fachada da sede social do Paraná Clube, na Kennedy: eleição virou assunto judicial. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Fachada da sede social do Paraná Clube, na Kennedy: eleição virou assunto judicial.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Alegando irregularidades nos registros do novo estatuto e do regulamento da eleição, o ex-funcionário do departamento de marketing e participante da chapa de oposição Paraná, clube do futuro, Fabiano Stédile, fez pedido de anulação do pleito tricolor marcado para o dia 23 de setembro.

O pedido foi registrado no dia 21 de agosto na 2.ª Vara Cível de Curitiba e está sendo apreciado pela juíza Letícia Zétola Portes, que aguarda um posicionamento do Paraná para julgar o mérito da questão. O departamento jurídico do Tricolor alega que ficou sabendo apenas terça-feira (1.º) da ação e que ainda não foi notificado oficialmente do processo.

Na petição de anulação, Fabiano utiliza dois argumentos principais. O primeiro é de que a alteração do estatuto do clube aprovada pelo Conselho Deliberativo em agosto de 2014 não foi registrada em cartório. Entre outras novidades, o novo estatuto unificou os planos de sócios olímpicos e sócios-torcedores em uma única categoria.

Em seguida, Fabiano argumenta que o próprio registro do regulamento da eleição também não foi registrado em cartório. “Dessa forma não há qualquer registro público do Estatuto vigente do clube, tampouco do regulamento da eleição”, diz a petição.

Por essas razões, Fabiano pede pela anulação do pleito. “Requer-se que seja anulada a eleição do dia 23 de setembro de 2015 até que todas as formalidades sejam cumpridas, sendo assim, até que o novo estatuto que pautou as regras da eleição seja devidamente registrado nos órgãos competentes”, segue o texto.

A empresa de Fabiano Stédlie, A.R Ideias, foi contratada para terceirizar o departamento de marketing do Paraná nos últimos meses da gestão de Rubens Bohlen. Fabiano foi o responsável por registrar, na manhã do dia 24 de agosto, a chapa de oposição Paraná, o clube do futuro, que lançou o ex-presidente do Conselho de Obras, Erivelto Luiz Silveira, como candidato de oposição.

Já a chapa de situação, denominada Reconstrução Tricolor, registrou o membro do Paranistas do Bem, Leonardo Oliveira, como candidato.

Em Ponta Grossa, onde participou do arbitral que definiu o formato do Campeonato Paranaense de 2016, o presidente tricolor, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, mostrou tranquilidade sobre o processo eleitoral do clube. “O estatuto está registrado no 4º ofício. Eu mesmo irei buscar toda a documentação na sexta-feira. Mas esse assunto está entregue ao departamento jurídico”, explica ele, antes de dar uma leve cutucada na chapa oposicionista. “A oposição é sempre salutar. Mas se você quer participar de um processo democrático, quer disputar uma eleição, então dispute a eleição, vamos brigar pelos votos. Dia 16 de setembro está marcado um debate na sede social do clube, onde todos poderão expor suas ideias”, completa.

Presidente da comissão eleitoral, Geraldo Faria garante que o regulamento da eleição não precisaria ser registrado em cartório para ser considerado válido. “Seguimos mantendo as atividades da comissão normalmente. O regulamento foi aprovado pelo Conselho Deliberativo e não teria necessidade de ser registrado em cartório”, explica.

A reportagem tentou contato com os irmãos Stédile, mas não obteve resposta. O candidato de situação, Leonardo Oliveira, também não foi encontrado, assim como Erivelto Silveira, candidato da oposição.

Chapas

No dia 25 de agosto, um dia após o prazo final para inscrição de chapas, a juíza Zétola Portes, da 2.ª Vara Cível de Curitiba, considerou que, tendo em vista a argumentação da petição de Fabiano Stédile, o prazo final para inscrição de candidatos foi suspenso. Sendo assim, novas chapas poderiam registrar candidaturas para o pleito.

Colaborou:

Eduardo Luiz Klisiewicz
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