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Carol Ferreira: com 15 anos, não vivenciou as glórias paranistas dos anos 90. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Carol Ferreira: com 15 anos, não vivenciou as glórias paranistas dos anos 90.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Paraná completa 27 anos de fundação nesta segunda-feira (19) em um dos aniversários mais amargos de sua história. Após fazer neste ano sua pior campanha na Série B – acabou apenas em 15º lugar –, o Tricolor completará em 2017 uma década no segundo escalão do futebol nacional.

Situação totalmente oposta ao período de conquistas dos anos 90, o que torna uma geração inteira de jovens paranistas órfã de glórias. São torcedores nascidos a partir dos anos 2000, novos demais para relembrar dos dois últimos grandes momentos do clube: o título paranaense e a ida à Libertadores, ambos em 2006.

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“Eu era muito pequena e não lembro dessa época”, conta Caroline Papini Ferreira, 15 anos. “Leio sobre a história e vejo que era um clube bem grande, ganhava de todo mundo. Bate uma tristeza de ver como foi decaindo”, lamenta a paranista.

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A seca de triunfos também incomoda Carlos Augusto Ferreira, 17 anos. “Minha família toda é paranista. Sempre me contaram das glórias e acho uma sacanagem agora não ganhar nada”, brinca o estudante, que também não guarda na memória o ano de 2006.

Já para Eduardo Taborda Schermak,14 anos, a opção foi cultivar a nostalgia do que sequer viveu. “Eu sinto saudade dos anos 90, mesmo sem ter participado da época”, conta Dudu. “Hoje em dia não importa muito a fase. A gente vai aos jogos pelo time e amigos”, prossegue.

Com apenas 9 anos, Fabielly Felchner faz um pedido à diretoria. “Quando o Paraná perde, eu sinto no meu coração”, diz. “Eu quero muito que o time seja campeão. No ano que vem tem que dar. Que suba de divisão e nos dê esse presente”, apela a pequena, cujos ídolos são o zagueiro Luciano Castán e o meia Douglas Packer, que passaram sem conquistas pela Vila nos últimos anos.

Em comum, o quarteto revela ter de lidar com as “zoações” dos colegas que torcem para Atlético e Coritiba. Pesquisa feita pela Paraná Pesquisas em 2012, mostrou que a maior concentração de paranistas tem acima de 60 anos (11,79% dos curitibanos). Na parcela mais jovem, entre 16 e 24 anos, a presença cai para apenas 5,18%.

“Eu tenho esperança de que em 2017 vamos subir para a Série A”, acredita Caroline. “A esperança é a última que morre”, reforça Carlos. “Não precisa ganhar título nem nada. É fazer um bom ano e subir nem que seja em quarto”, arremata Eduardo.

As frase da geração 2000 paranista

“Sou Paraná desde que nasci. Eu gosto muito da Vila Capanema. Quando eu nasci, o time caiu para a Série B. Que no ano que vem tenha um time competitivo. Os jogadores têm que pensar no carinho da torcida”

Fabielly Felchner, 9 anos

“É triste esse momento. O clube começa os anos bem e depois cai. O pessoal pega no pé no colégio, tiram sarro. Mas eu tiro sarro deles também para me defender”

Caroline Papini Ferrreira, 15 anos

“Antes era um timaço e agora é isso que a gente vê. O Paraná dá uma esperança no começo dos anos e depois não dá em nada. É frustrante. Se ganhasse pelo menos um Estadual logo, já animava”

Carlos Augusto Ferreira, 17 anos

“Se não subir em 2017, acho difícil subir depois. Não depende só do time, mas da torcida comparecer também. Queria pedir aos jogadores força de vontade, para não parecerem uns ‘mortos’ dentro de campo”

Eduardo Taborda Schermak, 14 anos
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