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O atacante Lucas Pratto comemora o segundo e decisivo gol do Atlético-MG contra o Racing, pela Libertadores. | Douglas Magno/AFP
O atacante Lucas Pratto comemora o segundo e decisivo gol do Atlético-MG contra o Racing, pela Libertadores.| Foto: Douglas Magno/AFP

Em típico jogo tenso de Libertadores, o Atlético-MG conquistou uma suada vitória sobre o Racing, por 2 a 1, e assegurou seu lugar nas quartas de final da competição sul-americana. Lucas Pratto, mesmo desperdiçando uma cobrança de pênalti, foi o herói do time brasileiro na noite desta quarta-feira, no Independência, em Belo Horizonte.

O atacante deu assistência para o primeiro gol atleticano, marcado por Carlos, e anotou o segundo. Liderando o ataque atleticano e colocando pressão na defesa argentina, Pratto foi o motor da equipe mineira, mesmo perdendo uma penalidade quando o time da casa já liderava o placar.

Com a classificação, o Atlético-MG quebrou a sequência de eliminações na fase de oitavas de final, nos últimos dois anos. Da última vez que o time mineiro alcançou as quartas, se sagrou campeão, em 2013.

Na próxima fase, o Atlético fará um confronto brasileiro com o São Paulo, que perdeu para o Toluca por 3 a 1, nesta quarta, mas avançou porque goleara por 4 a 0 na partida da ida. O confronto da volta nas quartas de final terá mando atleticano por ter melhor campanha na competição.

O jogo

Tentando surpreender o Racing, o técnico Diego Aguirre fez uma importante mudança no meio de campo atleticano. Colocou Carlos na vaga do machucado Dátolo quando a torcida esperava por Cazares ou até mesmo Patric na posição. De resto, o treinador manteve a formação de três volantes que segurou bem o time argentino jogo da ida.

O treinador precisou de apenas 16 minutos para ter confirmada sua aposta. Foi o tempo necessário para Lucas Pratto descolar bela jogada pela direita e cruzar na medida para Carlos escorar, de primeira, para as redes. Foi o lance que incendiou a torcida e fez as duas equipes despertarem para o jogo ofensivo.

Até então Atlético-MG e Racing se excediam na cautela, mantendo o truncado duelo no meio-campo. De cuidadosos, os times passaram a arriscar no ataque. E, uma vez que o placar era desfavorável, o time argentino foi para cima e teve sucesso aos 19, quando Leandro Donizete fez falta sobre Lisandro López dentro da área. O próprio atacante converteu a cobrança e empatou o jogo.

A igualdade aplacou torcida e time atleticanos. A partida passou a contar com lances mais ríspidos e Aguirre, do banco de reservas, tentava acalmar alguns jogadores do Galo mais nervosos em campo. Com o empate, o time brasileiro precisava fazer 2 a 1 para avançar na competição.

O nervosismo era evidente na defesa atleticana. Desatento, Marcos Rocha falhava constantemente na cobertura e o Racing descia pela esquerda do ataque com facilidade. Por esse lado, o time argentino criou duas boas chances de gol, que assustaram a torcida mineira nos instantes finais do primeiro tempo.

Depois de um eletrizante fim de etapa, os dois treinadores resolveram mudar seus ataques. Aguirre trocou Carlos por Hyuri enquanto o técnico do Racing, Facundo Sava, decidiu colocar em campo o goleador do time. Recuperado de lesão, Gustavo Bou foi o artilheiro da última Libertadores.

O confronto se tornou mais franco, porém sem chances de gol mais agudas, agora uma bola na trave, de Pratto. Aguirre, então, resolveu deixar a equipe da casa ainda mais ofensiva. Trocou o volante Leandro Donizete pelo atacante Clayton. Mas não foram os reforços da segunda etapa que desempataram a partida. Foi Pratto, responsável pela assistência do gol de Carlos, que deixou sua marca, aos 26/2º. Na área, ele escorou de cabeça, completando cobrança de falta na área, cobrada por Rafael Carioca.

Motor da equipe no ataque, Pratto era quem mais assustava os zagueiros argentinos. E era o responsável pelas principais jogadas do Atlético. Assim, a torcida não criticou quando o atacante desperdiçou cobrança de pênalti, aos 35/2º. A penalidade, duvidosa, teve origem em toque de mão de Sánchez, que estava de costas e no ar, em tentativa de cabeçada. Reconhecendo a grande atuação de Pratto, a torcida exaltou o atacante após a defesa de Ibáñez na cobrança.

Nos minutos finais, a partida voltou a ganhar em tensão. O jogo cá e lá assustou ambas as torcidas até que o apito final trouxe alívio aos atleticanos.

ATLÉTICO-MG 2 x 1 RACING

ATLÉTICO-MG

Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete (Clayton), Júnior Urso e Carlos (Hyuri); Robinho (Eduardo) e Lucas Pratto. Técnico: Diego Aguirre.

RACING

Ibáñez; Pillud, Vittor, Nicolás Sánchez e Grimi; Videla, Aued, Acuña (Pereyra), Noir (Diego Milito) e Óscar Romero (Gustavo Bou); Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.

Estádio: Independência, em Belo Horizonte (MG).

Árbitro: Daniel Fedorczuk (Fifa/Uruguai).

Gols: Carlos (A), aos 16/1º, e Lisandro López (R), aos 20/1º. Lucas Pratto (A), aos 26/2º.

Amarelos: Rafael Carioca, Leandro Donizete, Óscar Romero, Gustavo Bou, Júnior Urso, Acuña.

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