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Cristiano Ronaldo e Diego Simeone: lados opostos na final. | /AFP
Cristiano Ronaldo e Diego Simeone: lados opostos na final.| Foto: /AFP

Em uma entrevista nesta semana ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que atuou com o francês Zinedine Zidane no Real Madrid, foi sincero e disse que não gosta do estilo de jogo do Atlético de Madrid dirigido pelo técnico argentino Diego Simeone.

Ronaldo não é o único. O “Cholismo” de Simeone é criticado pela sua postura defensiva, uma “retranca moderna”. “Não gosto do que Simeone transmite aos jogadores. Faz a equipe jogar muito bem, mas é um jogo fechado e que busca o contra-ataque”, disse o Fenômeno.

Fato é que a estratégia de jogo tem funcionado. Em uma reedição da decisão de 2014, Real Madrid e Atlético de Madrid fazem neste sábado (27) o jogo mais aguardado da temporada, no estádio San Siro, em Milão, às 15h45 (de Brasília).

Simeone, que recebeu o apelido de Cholo quando ainda jogava no Vélez Sarsfield, rebateu ao seu estilo: “Tenho um grande respeito a jogadores como o Ronaldo. Mas o futebol é como política e religião. Cada um tem sua opinião”, afirmou em entrevista coletiva no estádio San Siro, em Milão.

Escalações para a final

Real Madrid

Keylor Navas; Carvajal, Sergio Ramos, Pepe e Marcelo; Casemiro, Toni Kroos e Modric; Gareth Bale, Karin Benzema e Cristiano Ronaldo.

Atlético de Madrid

Oblak; Juanfran, Giménez, Godín e Filipe Luís; Saúl Ñíguez, Gabi, Augusto Fernández e Koke; Antoine Griezmann e Fernando Torres

O treinador argentino, ex-jogador do Atlético de Madrid, é ídolo do clube e dono de um modo próprio de pensar o futebol. Ao seu modo, conseguiu levar o time à conquista de um título espanhol, desbancando Barcelona e Real Madrid, e a uma final de Liga dos Campeões da Europa depois de 40 anos, em 2014.

Perdeu para o Real Madrid e vê a chance de uma revanche neste sábado. Em entrevista recente, quando foi confrontado com o estilo de jogo dos times de Pep Guardiola, respondeu com uma frase curta e direta: “Meu esporte é ganhar”.

E ganhou. Passou pelo Bayern de Munique de Guardiola na semifinal da Liga dos Campeões e colocou o Atlético de Madrid a mais uma final de Liga dos Campeões. Nas quartas, já havia eliminado o Barcelona.

No outro banco de reservas estará também um ex-jogador e campeão da Liga dos Campeões pelo Real Madrid como atleta, em 2001. Em 2014, foi auxiliar de Carlo Ancelotti. Zidane assumiu o time em janeiro, quando o espanhol Rafa Benítez foi demitido. “A pressão como jogador e treinador é diferente. E Ancelotti já me disse antes da final em Lisboa: ‘Espero que você viva essa experiência como técnico’“.

Domínio espanhol

Pelo terceiro ano consecutivo, um clube espanhol conquistará o título da Liga dos Campeões da Europa. O Real foi campeão em 2014, conquistando a “La Décima”, e o Barcelona ganhou o título no ano passado. A final deste ano consolida a hegemonia espanhola no principal torneio de clubes do mundo.

A Espanha já conquistou 15 títulos em 60 anos de Liga dos Campeões: o Real Madrid foi campeão 10 vezes e o Barcelona, cinco. Neste sábado, o Atlético de Madrid, que já chegou em duas finais, tenta sua primeira conquista. Por isso, o jogo é considerado um dos maiores importantes na história do time colchonero.

De qualquer forma, com o troféu deste sábado, a Espanha conquistará a sua 16.ª Liga dos Campeões, superando em quatro títulos os países segundo colocados, Inglaterra e Itália, com 12 títulos cada um.

Premiação

Vencer o título da Liga dos Campeões rende um bom dinheiro, mesmo para equipes milionárias como o Real Madrid, por exemplo. O campeão recebe da Uefa 15 milhões de euros (R$ 60 milhões). Fora o que o clube já recebeu por chegar à final - o campeão pode ganhar até 54 milhões de euros (R$ 216 milhões), somando as vitórias na fase de grupos e a participações em todos os mata-mata.

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