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Membros das organizadas do Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians em frente ao Pacaembu. | DARIO OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Membros das organizadas do Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians em frente ao Pacaembu.| Foto: DARIO OLIVEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Algumas das torcidas dos quatro principais clubes de São Paulo podem ter dado um passo rumo à melhoria das relações entre si. E o motivo foi bastante nobre: a tragédia sofrida pela Chapecoense na última semana, que vitimou 71 pessoas e deixou apenas três sobreviventes do elenco catarinense.

No velório coletivo em Chapecó, as organizadas de Coritiba e Atlético, a Império e a Fanáticos, marcaram presença. Além das duas organizadas paranaense, também havia bandeiras do São Paulo, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Santa Cruz, Paysandu, entre outros.

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No início da tarde deste domingo, as organizadas Gaviões da Fiel, Mancha Verde, Torcida Jovem e Independente, consideradas das mais emblemáticas organizações de torcedores de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, respectivamente, promoveram uma reunião que teve como objetivo demonstrar solidariedade ao clube catarinense em meio a tantas demonstrações de solidariedade vindas do mundo do esporte.

Durante o sábado, os perfis das redes sociais das quatro organizadas orientaram os seus associados e simpatizantes a comparecerem às suas sedes na manhã deste domingo para que, cada um com seu grupo, seguissem até o ponto de encontro especificado, a Praça Charles Miller, no bairro do Pacaembu.

Quando todas as torcidas chegaram, por volta das 13 horas deste domingo, os fãs respeitaram um minuto de silêncio, e depois marcharam da praça até a porta do estádio do Pacaembu, em uma movimentação que ocorreu totalmente sem incidentes - ao contrário. Em meio a bandeirões, baterias e fogos de artifício, os torcedores das quatro agremiações cantaram uma só música durante todo o tempo, o grito de “Vamos, vamos, Chape” que ficou popularizado no Brasil e no mundo após a tragédia - e foi, inclusive, cantado pelos jogadores do Atlético Nacional no vestiário antes e depois da partida da equipe, na noite do último sábado, pelo Campeonato Colombiano.

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O ato, que contou com uma temática comum para todos e, naturalmente, não tratava de nenhum tipo de disputa entre as torcidas, teve respeito e paz entre as quatro organizadas do início ao fim. Em dado momento, inclusive, todas cantaram rapidamente “É Liberdade!”, em aparente crítica ao tratamento recebido pelas entidades do futebol brasileiro e pela polícia ao longo dos últimos anos.

A iniciativa foi bastante elogiada nas redes sociais, o que pode servir como exemplo de convivência futura entre organizadas rivais. Prova disso foi o que ocorreu no sábado, durante o velório coletivo das vítimas da queda do voo da Chapecoense, quando torcidas de vários clubes brasileiros já haviam se unido em um ato simbólico de colocar as suas bandeiras lado a lado nas arquibancadas da Arena Condá.

Em dado momento do evento, os presidentes das quatro torcidas organizadas, que um dia já foram rivais, chegaram a se abraçar e, em breves palavras, lamentar o ocorrido com o avião da Chapecoense.

Além da Gaviões, da Mancha, da Torcida Jovem e da Independente, mais duas torcidas representantes de equipes do futebol paulista também estiveram presentes no Pacaembu: a Esquadrão, cuja torcida apoia o XV de Piracicaba, e a Esquadrão Andreense, com fãs do Santo André, equipe do ABC paulista.

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