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Vilson Ribeiro de Andrade tentou justificar aumento de dívidas do Coritiba em 2014, mas Conselho Deliberativo do clube vetou as contas. | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Vilson Ribeiro de Andrade tentou justificar aumento de dívidas do Coritiba em 2014, mas Conselho Deliberativo do clube vetou as contas.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

O ex-presidente Vilson Ribeiro de Andrade admitiu frustração após ter rejeitadas as contas do seu último ano de mandato à frente do Coritiba e prevê possíveis consequências negativas para o que definiu como uma decisão política do Conselho Deliberativo.

“Sou o primeiro presidente da história do Brasil que teve as contas recusadas porque extrapolou o orçamento. Isso acontece quando há irregularidades, desvio. É frustrante”, afirmou à Gazeta do Povo.

“Foi uma decisão política, dentro de um conselho novo, que entende o orçamento como linha mestra do clube. Nós também entendemos. Mas há fatores extraordinários e de contingências que não tiveram nenhuma responsabilidade da gestão”, ponderou, para justificar o salto de cerca de R$ 40 milhões nos gastos do exercício de 2014.

Ele ressaltou ter parecer favorável do Conselho Fiscal, bem como de auditoria independente atestando lisura nas contas. A não aprovação do orçamento, entretanto, pode acarretar em inelegibilidade de acordo com o estatuto coxa-branca.

Em seu pronunciamento ao Conselho, o ex-mandatário alertou para o risco de o Coxa ter comprometido o ingresso no Profut – Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro – diante do veto às contas. “Na minha humilde opinião, vai afetar. O que seria um desastre para o Coritiba”, afirmou.

O programa, previsto na Medida Provisória 671/2015, concede abatimento e refinanciamento das dívidas dos clubes. Da dívida alviverde consolidada em R$ 203,3 milhões, R$ 92,7 milhões se referem a débitos fiscais .

“Se o programa for mantido como está, há um abatimento de R$ 7 milhões e se altera o perfil da dívida. Hoje, o Coritiba tem 53% das dívidas a serem pagas a curto prazo e 47% a longo prazo. Com o Profut, caem para 25% apenas as de curto prazo. O restante garante um fôlego maior para o clube trabalhar”, explicou o ex-presidente do Conselho Fiscal, Gerson Chimelli.

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