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Claro que todos nós ficamos chateados. Afinal de contas, Felipe Massa tinha a primeira chance de pódio desde algum tempo e foi obrigado, pelas circunstâncias, a abrir mão de sua posição para favorecer o companheiro Fernando Alonso, candidatíssimo ao título de campeão da Fórmula 1 na temporada.

Foi um sacrifício. Doído, sentido, mas absolutamente necessário para cumprir as demandas de política de equipe. O que vale, o que pesa é o resultado final a favor do grupo. E como Massa teve um desastroso início de temporada, tudo que puder ser feito em prol do piloto espanhol será positivo. Para o bem de todos.

A relação pode soar meio estranha, mas pensei nisso ao tentar entender a situação de mudança do Coritiba, que precisou sacrificar Marcelo Oliveira em nome do futuro de todos os demais. Do clube, inclusive. Não que Oliveira estivesse trabalhando mal, pelo contrário. Com o material humano que estava à sua disposição, até que sobreviveu além da conta. Há sérias limitações técnicas entre os jogadores quando todos estão disponíveis. Imagine agora, com cinco ou seis aos cuidados do departamento médico.

O discurso de Marcelo Oliveira, perante a constante deficiência técnica da equipe já não vinha surtindo efeito. Não por ele, pelo grupo, que se sentia impotente para dar um gás a mais. Treinador e diretoria perceberam e a sempre presente ideia de "criar um fato novo" determinou, em consenso, a mudança no comando técnico coxa.

Marquinhos Santos é bom profissional, talvez tenha entrado em uma fogueira, mas é corajoso e encarou o desafio. Teve a seu favor o fato de estrear contra um time fraquíssimo que é esse Flamengo, mas conseguiu manter a concentração da equipe em alta e atingiu o resultado folgado ao natural. Antes, contra oponentes também frágeis, o Coxa não conseguiu se firmar.

Marcelo Oliveira e a diretoria coxa fizeram um sacrifício para o bem do futuro. Que, parece, já começou.

Noite de Cinderela

Não durou mais que uma noite a estada do Atlético entre os quatro primeiros da Segunda Divisão – parecia coisa da Cinderela. Mas a euforia por conta da goleada de sexta-feira tem lá suas razões. Primeiro, porque o time não tomou conhecimento do adversário, mesmo que se tratasse do último colocado – houve enroscos anteriores contra oponentes também mal colocados.

O Atlético dormiu entre os classificáveis de sexta para sábado, mas teve de devolver lugar para Goiás e Joinville. O terceiro da disputa, o São Caetano, perdeu em casa e ficou para trás.

Mas a rodada de amanhã poderá colocar de vez os rubro-negros no caminho do bem. Jogam em casa, contra o CRB, que, vamos reconhecer, não anda bem das pernas. Joinville e Goiás terão pedreiras pela frente. O JEC joga fora contra o ASA, sob pressão, enquanto o Goiás recebe o Criciúma, vice-líder, mas abalado por goleada em casa. Qualquer um dos dois que se enrosque, oferece a vaga no grupo de frente.

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