Correria de operários nas arenas, empolgação na praia: o clima olímpico no Rio

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A seis dias da cerimônia de abertura dos Jogos, sexta-feira (5), no Maracanã, o Rio de Janeiro vive o clima olímpico. Enquanto que nos locais de prova a correria é grande para deixar tudo pronto para as disputas, que começam 6 de agosto, na zona sul moradores e turistas tentam levar uma lembrança da primeira Olimpíada no continente sul-americano.

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No Parque Olímpico da Barra, onde será disputada a maioria das provas, o corre-corre de operários é grande para deixar tudo em ordem. Reparos no calçadão de acesso às arenas, que reproduz o de Copacabana, ainda estão sendo feitos. Bombeiros fazem plantão no parque para emitir a tempo todos os laudos de segurança das arenas. Na arena do vôlei de praia em Copacabana, também há vai-e-vem de operários.

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Um dos locais mais críticos é o Velódromo - última obra do Parque Olímpico a ser concluída. Enquanto que todos as outras arenas já estavam prontas no fim de 2015, o ginásio onde serão disputadas provas de ciclismo de pista teve atrasos por causa da instalação da pista, feita de madeira especial e que requer um trabalho quase artesanal.

A obra, que teve atraso de seis meses, foi concluída em junho, dois meses antes da Olimpíada. Com isso, foi o único local de prova que não teve evento-teste antes dos Jogos. O custo do velódromo também ficou acima do estabelecido inicialmente. De R$ 118 milhões, o custo da obra saltou para R$ 143 milhões bancados pelo governo federal e executado pela prefeitura do Rio.

A reportagem acompanhou a correria da equipe de limpeza da prefeitura para tirar todo o pó acumulado nas arquibancadas do Velódromo. Operários também faziam instalações elétricas e de cabos de internet.

Na praia de Copacabana, entretanto, o clima é de festa. Turistas circulam com adereços dos Jogos e formam fila para tirar foto nos arcos olímpicos instalados na praia de Copacabana. “Apesar dos problemas, eu me sinto orgulhoso dos Jogos serem aqui”, afirma o arqueólogo paulista Vicente Penna, 29 anos, que encarou a fila para tirar uma foto nos arcos com a namorada, a estudante americana Bianca Molina, 21 anos, que compraram ingressos para algumas provas da Olimpíada.

A americana Vivianne Robinson é uma das turistas que mais vem chamando a atenção em Copacabana. Ela caminha pelo calçadão com vários adereços olímpicos e uma bandeira com os arcos dos Jogos. “Estive nas seis últimas Olimpíadas e estou muito feliz em estar aqui no Rio”, diz a turista californiana, que carrega minibandeiras da Espanha, EUA, Austrália, Grécia, China e Reino Unido, sedes das Olimpíadas que acompanhou.

A professora aposentada Thelma Coelho, 64 anos, e Boa Vista, Roraima, caminhava pelo calçadão de Copacabana paramentada para os Jogos: vestia um boné e a camisa com a logo da Rio-2016.”Estou comprando lembranças da Olimpíada para levar para a família”, afirma.

Já os amigos colombianos Leonardo Bernal, 32 anos, e Camilo Vergara, 22 anos, que moram no Rio onde estudam, foram além: de última hora conseguiram comprar ingressos na bilheteria de Copacabana para assistir às partidas de futebol e vôlei de praia, além das provas de ciclismo de pista e tiro com arco na Olimpíada. “Antes a gente não teve oportunidade comprar os ingressos. Como liberaram mais, a gente decidiu aproveitar”, explica Bernal.