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Seleção americana não teve dificuldades para bater as espanholas na Arena Carioca 1. | Jewel Samada/AFP
Seleção americana não teve dificuldades para bater as espanholas na Arena Carioca 1.| Foto: Jewel Samada/AFP

Se a seleção feminina dos Estados Unidos joga basquete, todos os outros times do mundo jogam um esporte parecido, mas não o mesmo. A diferença de nível técnico é gritante e ficou clara na tarde deste sábado (20), na Arena Carioca 1, na final olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio. A americanas atropelaram um bom time da Espanha por 101 a 72 para conquistarem o sexto ouro olímpico consecutivo.

Desde que o basquete feminino é modalidade olímpica, as americanas só não ganharam em três edições dos Jogos: na estreia em 1976 (perderam a final da União Soviética), em 1980 (Olimpíada que os EUA boicotaram) e 1992 (caíram diante da campeã Comunidade dos Estados Independentes, resquício da União Soviética, na semifinal). Em Mundiais, perderam a edição de 2006 para a Austrália e a de 1994 para o Brasil.

Em Jogos Olímpicos, desde Atlanta-1996, ninguém ganha dos EUA, que também subiu ao topo do pódio na modalidade com as mulheres em Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Mas, em nenhum momento da história a vantagem sobre todo o resto foi tão grande. Na final do Rio-2016, o time americano pela segunda vez ultrapassou a barreira dos 100 pontos em uma decisão. Em 1996, fez 111, mas levou 87 do Brasil.

Desta vez, a Espanha quase não impôs resistência. Sem saber como furar a defesa das norte-americanas e com a mão descalibrada mesmo em arremessos sem marcação, as espanholas foram para o intervalo com aproveitamento de menos de 25% das bolas de dois pontos. Na segunda metade da partida, com o time dos Estados Unidos relaxado, essa estatística chegou a 40%.

Com 17 pontos, Diana Taurasi foi a principal jogadora americana, acertando cinco bolas de três pontos. Lindsay Whalen entrou bem no fim da partida e, em apenas 15 minutos, fez também 17 pontos. Pela Espanha, destaque para Domínguez, que anotou uma cesta do meio da quadra no fim do terceiro quarto, e a Alaba Torres.

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A partida também escancarou a discrepância entre o basquete masculino e feminino. Enquanto o jogo de domingo entre EUA e Sérvia, pela decisão dos homens, é tratado como de “alta demanda” pela organização do Rio-2016, cerca de metade dos assentos da Arena Carioca 1 estavam vazios para o duelo entre EUA e Espanha neste sábado.

No portão do Parque Olímpico, muita gente oferecia ingressos. Eram, em sua maioria, brasileiros desinteressados em uma final que não envolve o Brasil. Mesmo os americanos eram poucos no ginásio neste sábado. Não mais do que 30 bandeiras dos EUA foram vistas na arquibancadas - o torcedores americanos costumam carregar pelo menos uma bandeira por grupo e, por isso, são facilmente reconhecíveis.

Sérvia leva o bronze

Na reedição da final do último Campeonato Europeu de Basquete Feminino, a Sérvia voltou a ser algoz da França neste sábado e ficou com a medalha de bronze na Olimpíada do Rio. Como já havia acontecido na decisão do torneio continental do ano passado, na Hungria, o time sérvio levou a melhor diante das francesas e fez 70 a 63 na Arena Carioca 1.

A medalha confirma o grande momento do basquete sérvio, que chegou ao Rio para participar de seu primeiro torneio olímpico como país independente tanto no masculino quanto no feminino. E se as mulheres garantiram o bronze, os homens estão na decisão, que será disputada neste domingo diante dos Estados Unidos.

Sérvia bateu a França na disputa do ouro.Mark Ralston/AFP

Os sérvios herdaram a força da antiga Iugoslávia na modalidade. Ao longo da história olímpica, os iugoslavos conquistaram seis medalhas no basquete, sendo cinco de prata e uma de ouro, entre os torneios masculinos e femininos.

Mas, entre as mulheres, foi nos últimos anos que o basquete sérvio ganhou força. O título europeu confirmou isso em 2015, mas a vaga na decisão da Olimpíada não foi alcançada. Isso porque na semifinal o país caiu diante da Espanha, que decidirá o torneio com os Estados Unidos neste sábado.

Mas a Sérvia se recuperou rápido da derrota e foi superior à França neste sábado. Largou na frente no primeiro quarto, permitiu o empate no segundo, mas voltou a disparar no terceiro. Ainda sofreu um susto no período final, mas manteve a liderança para celebrar a medalha.

O destaque do triunfo sérvio foi Jelena Milovanovic, com 18 pontos. Ana Dabovic, com 11, Danielle Page e Sonja Petrovic, com 10 cada, também contribuíram. Pelo lado francês, destaque para os 18 pontos de Endy Miyem.

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