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O homem que tentou apagar a tocha olímpica na noite de quarta-feira (29) durante o revezamento em Cascavel deixou o presídio na manhã desta sexta-feira (1) após a Justiça anular o flagrante. Na saída ele falou com jornalistas, beijou o chão e foi aplaudido por populares que estavam no local.

“Muitos gostariam de se manifestar do mesmo modo”, diz juiz sobre homem que tentou apagar tocha

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O rapaz, de 35 anos afirmou que a experiência de passar 36 horas na prisão foi válida e disse que durante esse período leu livros de Camões, Homero e Dante Alighieri, além de ouviu músicas de Tchaikovsky. “Eu não perdi meu tempo aí não”, declarou. Ele ressaltou, ainda, que foi bem tratado pelos agentes carcerários, mas reclamou da alimentação servida aos presos.

Sem antecedentes criminais – e continua com a ficha limpa, já que a Justiça anulou o flagrante –, o homem não se arrepende do protesto. “Eu estou arrependido por não ter conseguido apagar a tocha, eu queria era apagar”. Ele declarou ainda que se tivesse dinheiro iria para o Rio de Janeiro tentar apagar a chama olímpica, mas usaria água ao invés de extintor como fez em Cascavel.

O manifestante solitário voltou a criticar a situação econômica do país, reclamou do preço do feijão e do leite e criticou os gastos que a prefeitura teve para fazer o evento - foram pelo menos R$ 50 mil. Ele disse ter visto pessoas emocionadas chorando com a chegada da tocha e declarou que é preciso “chorar por quem está passando necessidades nas Upas (Unidades de Pronto Atendimento) de Cascavel”.

Segundo o rapaz, a decisão de fazer o protesto partiu dele e foi cobrado por alguns amigos. “Na hora fiquei com medo, só que fui levado pela retórica, eu falei e todo mundo cobrou”, relatou.

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