Há três anos, Wellington Monteiro tomou uma decisão arriscada na carreira: jogar pelo União, de Francisco Beltrão, a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense. Para quem não se lembra, o volante foi titular no título mundial do Internacional sobre o Barcelona e também conquistou a Libertadores em 2006.
Wellington Monteiro foi convencido pelo zagueiro Neto, sobrevivente da queda de avião da Chapecoense, a jogar no sudoeste paranaense. Neto jogou no Francisco Beltrão, o outro clube da cidade de aproximadamente 87 mil habitantes, em 2007 e 2008.
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“O Neto é muito amigo meu e jogamos juntos no Guarani. Ele me ligou e disse que eu ia gostar de jogar aqui, que estavam com um projeto de reativar um clube na cidade. E eu vivo o futebol. Não consigo parar, sou apaixonado pelo esporte”, conta o volante de 39 anos.
O União havia recém-ativado as atividades no futebol profissional depois de 23 anos parado. Mas o risco valeu a pena. Capitão desde que chegou, Wellington Monteiro ajudou o clube a se reerguer. Levantou o caneco da Terceirona do Estadual em seu primeiro ano, e logo em seguida, conquistou o acesso para a elite paranaense. Feito que não acontecia há 38 anos, quando o União jogou pela única vez o Paranaense em 1980.
“Quem mora no interior tem paz. Trabalha tranquilo e não tem aquela pressão como em time grande”, analisa o carioca, que também atuou por Vasco e Fluminense. “Mas temos a responsabilidade de carregar o nome da cidade e não apenas do clube. Esta é nossa pressão”, finaliza Wellington Monteiro.
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