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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A guerra política que o Paraná atravessa nos bastidores preocupa o técnico Rogério Micale. O comandante foi incisivo ao analisar a situação e alertou para os riscos da politicagem em ano eleitoral no clube afetar o desempenho dentro de campo. No domingo (27), o Tricolor recebe o rival Atlético, às 11h, na Vila Capanema.

“Se não tomarmos cuidado, interfere [os fatores políticos]. Eu passei essa experiência ano passado no Atlético-MG. É a primeira vez que eu falo sobre isso. O Atlético-MG viveu essa situação no momento que eu assumi a equipe e no final fiquei sozinho. A experiência que eu tive, gostaria que não se repetisse aqui. Que isso não seja transferido para campo porque atrapalha muito”, adverte Micale.

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Nesta semana, o presidente Leonardo Oliveira acusou o investidor paranista Carlos Werner de sabotar o próprio clube. Os dois eram do grupo ‘Paranistas de Bem’ e foram aliados na última eleição, mas romperam as ligações e Werner se afastou do Tricolor. Ambos ainda não se pronunciaram se vão concorrer ao pleito no segundo semestre.

“Essa briga por poder, se não for tomado os devidos cuidados, traz muito prejuízo à todos porque é uma briga que no final das contas quem paga as contas é o torcedor e o clube. Tem que ser tomado muito cuidado”, analisa o técnico.

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Polêmica das faixas de protesto

Sem vencer no Brasileirão, Paraná amarga a lanterna da competição. Na última rodada, no empate diante do Grêmio no Durival Britto, uma faixa foi estendida atrás do banco de reservas e parte dos torcedores xingaram o elenco, comissão técnica e diretoria. Logo após a partida, Micale detonou o protesto dizendo que se tratava de algo feito com outros interesses. Ao ser questionado na coletiva desta sexta-feira (25), se acreditava ser um ato político, Micale confessa que estranhou o ato.

“Eu fiquei surpreso com o protesto porque você não consegue fazer uma faixa na hora do jogo. A faixa foi pré-fabricada antes do jogo acontecer. E eu também sei pensar nas coisas. O que me leva a crer que essa faixa veio formulada esperando a derrota e o resultado negativo viesse. Mas o que eu vi foi 90% da torcida nos apoiando e nos dando valor mesmo com o empate. Então que esses fatos de bastidores não venham refletir no nosso time , no nosso aspecto emocional porque vai refletir dentro de campo. É justamente isso que eu não quero”, explica o treinador.

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