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Kei Saito (D) é reserva da equipe japonesa de patinação e não competiu em provas nesta Olimpíada de Inverno | MLADEN ANTONOVAFP
Kei Saito (D) é reserva da equipe japonesa de patinação e não competiu em provas nesta Olimpíada de Inverno| Foto: MLADEN ANTONOVAFP

O japonês Kei Saito, da patinação de velocidade, foi oficialmente confirmado como o primeiro caso de doping dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. O atleta testou positivo em um exame para a substância acetazolamida, um diurético que pode mascarar a presença de outras substâncias proibidas.

O caso foi confirmado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) nesta terça-feira, quando informou que o competidor "aceitou de forma voluntária ser provisoriamente suspenso e deixar a vila olímpica".

A substância encontrada no exame antidoping realizado por Saito pode ser usado para tratamento de glaucoma ou doença de altitude. E o japonês, que é reserva da equipe japonesa dos 5.000 metros, sequer competiu em qualquer prova nesta Olimpíada de Inverno de 2018. O teste que flagrou o uso de doping ocorreu antes do início do grande evento em solo sul-coreano.

A CAS também informou nesta terça-feira que seu painel de juízes que cuidará do julgamento dos casos de doping dos Jogos de Inverno aplicará uma sentença final ao atleta japonês após o término da grande competição, que vai até o próximo dia 25.

O Comitê Olímpico Japonês, por sua vez, revelou que Saito foi submetido ao exame antidoping depois de um treino que realizou no último dia 4, pouco antes de ir dormir na vila dos atletas em Pyeongchang.

Por meio de um comunicado, Saito negou que tenha se dopado intencionalmente para ter vantagem esportiva e disse que estava "extremamente chocado" com o resultado do exame. "Eu nunca considerei doping. Eu nunca usei esteroides anabolizantes, então eu nunca precisei me esconder isso", afirmou.

O patinador japonês disse também que aceitou a suspensão provisória porque "não quer ser uma perturbação para os companheiros de equipe nos Jogos de Inverno" e que, por isso, resolveu deixar a vila dos atletas de forma voluntária.

Yasuo Saito, vice-presidente do Comitê Olímpico Japonês, afirmou que a entidade iria trabalhar para ajudar o patinador de 21 anos de idade a limpar o seu nome depois dos Jogos de Inverno. "Neste ponto, tudo que nós sabemos é que a amostra A e a amostra B testaram positivo (para doping)", disse o dirigente, para depois enfatizar que a suspensão aplicada ao atleta é uma "medida provisória". 

"A violação às regras antidoping não foram provadas, então isso ainda não está decidido (de forma definitiva)", destacou o líder da delegação japonesa em Pyeongchang, que tem o mesmo sobrenome do patinador e assegurou que o competidor "não tem ideia de como isso aconteceu". Para completar, prometeu que o comitê do país "continuará fazendo todos os esforços para provar que não houve violação às regras antidoping por parte de Kei Saito".

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