O amistoso da seleção masculina de vôlei do Brasil contra Portugal era para comemorar a medalha de ouro e a despedida do líbero Serginho. Mas foi o curitibano Lipe o dono da festa na Arena da Baixada, na tarde deste sábado (3), na vitória brasileira por 3 sets a 0.
Quis o destino que o ponteiro, torcedor fanático do Coritiba, fosse ovacionado na casa do rival Atlético. Cada vez que ia para o saque, o Lipe tinha seu nome gritado pelos 33.730 torcedores presentes na Baixada.
“Em primeiro lugar o Atlético está de parabéns pelo estádio. Agora honestamente eu nunca imaginei essa situação [de ter o nome gritado na casa atleticana]. Nem mesmo no Couto Pereira”, se diverte o campeão olímpico na Rio-2016.
“Mas brincadeiras à parte, aqui é só Brasil. A gente fala que o futebol no Brasil não é um esporte. É uma religião. E hoje foi emocionante ver atleticanos, coxas-brancas e várias torcidas misturadas, sem brigas, todos torcendo pelo vôlei. O que importava hoje [sábado] era dar um show para os fãs. Foi uma experiência única que eu vou levar para o resto da minha vida”, agradece emocionado o curitibano de 32 anos.
Lipe foi o atleta que mais interagiu com o público. E o ponteiro aproveitou a Arena para fazer até o saque “jornada nas estrelas”, eternizado pelo ex-jogador Bernard, em que a bola vai nas alturas levando os torcedores ao o delírio.
“Eu já vinha planejando porque jogar em um estádio você tem a chance de dar um jornada. É um saque difícil de acertar pelo controle que você tem que dar na bola. No primeiro set eu vi que a torcida vinha comigo nos saques e eu não deixei passar essa oportunidade de dar esse presente para a galera”, festeja.
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