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Rafael Nadal fala da sua saída de Roland Garros. | CYRILLE CADET/AFP
Rafael Nadal fala da sua saída de Roland Garros.| Foto: CYRILLE CADET/AFP

O sexto dia de competições de Roland Garros foi bastante calmo dentro de quadra, com favoritos como Andy Murray avançando às oitavas de final com tranquilidade, mas o anúncio da desistência de Rafael Nadal abalou o torneio como um terremoto.

Recordista de títulos do Grand Slam parisiense, o ‘Rei do Saibro’ foi frustrado na tentativa de levantar o troféu pela décima vez por causa de uma lesão no punho.

“É um problema que eu já tinha quando cheguei e que só piorou”, explicou o espanhol, que deveria ter enfrentado no sábado o compatriota Marcel Granollers, pela terceira rodada da competição.

“Eu assumi riscos para poder disputar as primeiras rodadas, mas não tem mais jeito. O médico não me vê capaz de jogar”, lamentou o número cinco do mundo.

“O tendão está inflamado. Se eu tivesse continuado, corria o risco de romper e eu teria ficado meses fora do circuito. Parando, só precisa ficar imobilizado por três semanas”, relatou o espanhol, que ressaltou não temer pela participação nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, onde será porta-bandeira da delegação espanhola.

“Tomei a decisão de me retirar do torneio mais importante da minha carreira porque minha situação está no limite”, completou o ‘Rei do Saibro’.

Com a retirada de Nadal, o tenista que mais parece ter condições de impedir o número um do mundo, Novak Djokovic, de ser campeão em Roland Garros pela primeira vez é o vice-líder do ranking, Andy Murray.

Depois de disputar duas ‘maratonas’ de cinco sets, o escocês teve uma terceira rodada mais tranquila contra veterano croata Ivo Karlovic, que venceu em três sets, com parciais de 6-1, 6-4 e 7-6 (7/3).

“Foi ótimo ganhar rapidamente. Assim, posso me recuperar do desgaste dos primeiros dias. Ontem, eu estava um pouco cansado e fiz apenas um treino livre”, revelou o número 2 do mundo, que na estreia teve muita dificuldade para derrotar outro tenista de 37 anos, o tcheco Radek Stepanek.

A ‘Máquina de Aces’ do gigante croata de 2,10 m emperrou nesta sexta-feira. Foram apenas 14, contra 41 na rodada anterior, contra o australiano Jordan Thomson, número que também se explica porque aquele duelo foi decidido em cinco sets, e não três como contra Murray.

“Gosto de enfrentar especialistas do saque-voleio”, lembrou o britânico, invicto em sete jogos contra Karlovic.

As oitavas de final podem ser um prato cheio para Murray, que enfrentará outro ‘gigante’, John Isner, de 2,06 m, que sofreu nesta sexta-feira para derrotar o russo Teymuraz Gabashvili por 7-6 (9/7), 4-6, 2-6, 6-4 e 6-2.

Mesmo assim, o escocês não acha que terá vida fácil, embora também tenha 100% de aproveitamento no retrospecto contra o americano, que derrotou cinco vezes em cinco confrontos.

“John é mais regular do fundo da quadra e não é tão bom no voleio. São dois caras altos que sacam muito bem, mas têm estilos de jogo diferentes”, analisou.

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