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Venus Willians, irmã de Serena, comemora classificação histórica para a semifinal do Austrália Open | SAEED KHAN/AFP
Venus Willians, irmã de Serena, comemora classificação histórica para a semifinal do Austrália Open| Foto: SAEED KHAN/AFP

Aos 36 anos de idade, Venus Williams se tornou nesta terça-feira (24) a mais velha jogadora da Era Aberta do tênis, iniciada em 1968, a conquistar uma vaga nas semifinais do Aberto da Austrália. A veterana norte-americana obteve o feito histórico ao vencer a russa Anastasia Pavlyuchenkova por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 7/6 (7/3), em Melbourne.

Na condição de 13º cabeça de chave deste Grand Slam, Venus não alcançava o duelo que vale vaga na decisão desta competição desde 2003, quando foi à final e acabou sendo superada na disputa pelo título pela sua irmã mais nova, Serena Williams, que nesta quarta-feira encara a britânica Johanna Konta também em busca de uma vaga na semifinal deste Aberto da Austrália.

Essa também foi a 50ª vitória de Venus no Grand Slam realizado em Melbourne, onde enfrenta o tabu de nunca ter sido campeã e onde só chegou à final em 2003. E, para voltar a ter chance de jogar a decisão após 14 anos, a norte-americana terá de superar a surpreendente compatriota CoCo Vandeweghe, que no outro jogo da chave feminina de simples disputado nesta terça-feira surpreendeu a espanhola Garbiñe

Muguruza, sétima cabeça de chave, com uma vitória por 2 sets a 0, sendo que chegou a aplicar um “pneu” sobre a adversária ao ganhar com parciais de 6/4 e 6/0.

Ao comentar seu histórico avanço à semifinal, Venus mostrou não estar satisfeita com o que já conquistou. “Eu quero ir mais longe. Não estou feliz apenas com isso, mas estou muito feliz por estar em posição para ir mais longe”, ressaltou.

Nem mesmo a possibilidade de poder ter Serena, atual vice-líder do ranking mundial, em uma eventual decisão tira a confiança de Venus. “Eu tenho que acreditar (no título). Por que não deveria?”, disse, para depois enfatizar: “Devo olhar através da rede e acreditar que a pessoa do outro lado merece mais? Essa não é mentalidade de como os campeões são feitos. Eu gostaria de ser campeã, em particular este ano. A mentalidade que eu entro na quadra é: ‘Eu mereço isso’”.

Um suíço na final

Roger Federer e Stan Wawrinka confirmaram favoritismo com tranquilidade nesta terça-feira e travarão uma semifinal 100% suíça no Aberto da Austrália. Quatro vezes campeão do Grand Slam realizado em Melbourne, Federer avançou ao vencer o alemão Mischa Zverev, 50º colocado do ranking mundial, por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 7/5 e 6/2, em apenas 1h32min. Já Wawrinka, quarto cabeça de chave e campeão da edição de 2014 da competição, eliminou o francês Jo-Wilfried Tsonga, também por 3 a 0, com 7/6 (7/2), 6/4 e 6/3.

Essa é a 13ª vez que Federer avança às semifinais do primeiro Grand Slam da temporada, sendo que ele entrou neste Aberto da Austrália na condição de 17º cabeça de chave, apenas, depois de ficar seis meses afastado das quadras na temporada passada por causa de uma cirurgia no joelho.

Provável rival de Federer nas quartas de final, Murray, líder do ranking da ATP, foi surpreendido por Zverev nas oitavas de final com uma derrota por 3 sets a 1. Assim, o britânico ampliou o seu jejum de títulos em Melbourne, onde amargou cinco vice-campeonatos, permitindo a Federer jogar como favorito nas quartas de final.

E Federer só teve maiores dificuldades para passar pelo alemão de 29 anos de idade no segundo set, no qual chegou a ter o seu saque quebrado por uma vez. Porém, o recordista de títulos de Grand Slam colocou pressão sobre o azarão e converteu seis de 15 break points para encaminhar o seu triunfo em parciais diretas.

Com nada menos do que 65 winners e apenas 13 erros não-forçados, Federer ainda contabilizou nove aces na partida, enquanto Zverev fez apenas 30 bolas vencedoras e ganhou somente 53% dos pontos que disputou quando encaixou o seu primeiro serviço.

Foi a terceira vitória de Federer em três jogos com o alemão, batido anteriormente pelo suíço no Masters 1000 de Roma de 2009 e no Torneio de Halle de 2013.

Wawrinka, por sua vez, fez valer a sua condição de atual quarto tenista do ranking mundial contra Tsonga, o 12º, com autoridade. Embora tenha vencido o primeiro set apenas no tie-break, após os dois tenistas confirmarem todos os seus serviços sem oferecerem chances de quebra, o suíço converteu os outros três break points cedidos na continuidade do jogo pelo francês, que só aproveitou uma de seis oportunidades de ganhar games no serviço do seu adversário.

Com 41 winners e 28 erros não-forçados, contra 27 e 39 do francês, respectivamente, Wawrinka acabou triunfando pela sua maior eficiência nos momentos decisivos e assim acumulou a sua quinta vitória em oito jogos com Tsonga.

Já contra Federer, Wawrinka terá de superar um retrospecto desfavorável de 18 derrotas em 21 confrontos. Na última vez que os dois se encontraram em um Grand Slam, Federer eliminou o compatriota nas semifinais do US Open de 2015. Naquele mesmo ano, porém, o atual quarto tenista do mundo levou a melhor nas quartas de final de Roland Garros, antes de o lendário jogador voltar a levar a melhor na semifinal do ATP Finals daquela mesma temporada.

No Aberto da Austrália, os dois se enfrentaram uma única vez, em 2011, quando Federer atropelou com parciais de 6/1, 6/3 e 6/3, pelas quartas de final.

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