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Argentino Rubén Magnano deixou o comando da seleção masculina de basquete depois de seis anos | Gaspar Nóbrega/Inovafoto / CBB
Argentino Rubén Magnano deixou o comando da seleção masculina de basquete depois de seis anos| Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto / CBB

No basquete, “air ball” acontece quando um jogador arremessa a bola e ela não bate nem no aro. Foi como se sentiu o basquete brasileiro nos Jogos do Rio, quando não avançou à fase final dos torneios masculino e feminino. Nesta segunda-feira (22), a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) informou que os treinadores Rubén Magnano, do masculino, e Antônio Carlos Barbosa, do feminino, não seguem nas seleções.

A eleição na entidade em março do ano que vem, no entanto, pode deixar as seleções sem comandantes nos próximos sete meses,em que não terá competições. Um dos candidatos à presidência pode ser o próprio Barbosa, que foi bronze com a seleção em Sydney-2000 e voltou a assumir o time feminino em dezembro durante uma grave crise na categoria — foram cinco técnicos nos últimos sete anos.

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Atualmente, a CBB é presidida por Carlos Nunes, que não pode concorrer à segunda reeleição.

“Estou sendo indicado por algumas federações. Tive esse convite de alguns do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Algumas já me indicaram formalmente, como Rondônia, Acre e Maranhão”, admitiu Barbosa, de 71 anos, que precisa de cinco indicações de federações.

“Adquiri experiência ao longo desses anos, não só como técnico. Acompanho de perto as necessidades do basquete brasileiro e a necessidade de mudanças no perfil”, disse.

Técnico do Flamengo é favorito

Os contratos de Magnano, que chegou em 2010, e Barbosa vencem no próximo dia 31 de agosto e não serão renovados. Em nota oficial, a federação agradeceu ao trabalho dos dois técnicos.

No masculino, após o espanhol Moncho Monsalve, contratado em 2008, e o argentino Magnano, que assumiu em 2010, o próximo treinador pode ser brasileiro.

Fazendo a ressalva de se tratar de uma opinião pessoal, o diretor técnico da CBB, o ex-jogador Vanderlei Mazzuchini falou sobre o tema. “Hoje, temos condições de seguir um ciclo olímpico com um treinador brasileiro”, opinou, sem querer antecipar uma data sobre o anúncio dos novos treinadores. “A decisão vai ser tomada com tranquilidade. Nesse pacote, temos que pensar na eleição, mas não necessariamente a contratação precisa esperar até março”.

Um das possibilidades para acelerar a contratação de um treinador é o possível acordo entre candidatos à presidência. Técnico do Flamengo, atual tetracampeão brasileiro e campeão do Intercontinental de Clubes em 2012, José Neto é o favorito ao posto de treinador do time masculino. Nos Jogos do Rio, ele ficou no banco de reservas, como auxiliar de Magnano.

No próximo ciclo olímpico, o futuro treinador brasileiro terá um cenário bem diferente do atual. As eliminatórias para o Mundial de 2019, na China, que terá 32 vagas, oito a mais do que na Espanha-2014, acontecerão num sistema semelhante às eliminatórias da Copa do Mundo de futebol.

Um dos desafios promete ser conseguir utilizar jogadores da NBA, já que várias partidas serão realizadas durante a temporada regular da liga americana. Os jogos começam em novembro de 2017.

Para Vanderlei Mazzuchini, os fracassos nos Jogos do Rio foram um golpe forte no basquete. “Foi perdida uma oportunidade de fazer boa campanha e ganhar uma medalha olímpica, o que daria uma visibilidade enorme, e o esporte precisa disso. A oportunidade passou. O trabalho foi feito, mas o resultado não veio. Deixa um gosto ruim, mas percebemos que tínhamos condições de ter feito uma campanha melhor”, lamentou.

“O gosto é amargo, mas vamos ter que tirar um aprendizado para futuramente tirarmos proveito. A modalidade passa por um momento difícil e não ter resultado piora isso”, disse.

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