Arquitetura

Conheça réplicas de túmulos famosos e outras curiosidades do Cemitério Municipal

Mariana Domakoski*
24/08/2016 12:52
Thumbnail

O jazigo monumento da família Hauer é uma das estruturas que mais se destacam no Cemitério Municipal. Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo | Gazeta do Povo

Durante o século 19, três tipologias foram as mais usadas nos túmulos do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, inaugurado em 1854 em Curitiba: sepultura, estela e oratório, de acordo com a pesquisa de Clarissa Grassi, presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, que contou com a consultoria do arquiteto Fábio Domingos Batista.
LEIA TAMBÉM
A sepultura foi a primeira forma de enterrar os mortos no cemitério e remetia ao que era feito anteriormente: abrir uma cova e depositar o corpo. Composta de uma cabeceira, onde geralmente é instalado um epitáfio, uma cruz ou escultura, e carneira (uma, sobreposição de até duas ou várias posicionadas lado a lado). Os exemplares mais antigos são feitos em tijolo maciço, mas hoje há alguns feitos até em porcelanato.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
As estelas  conferem mais destaque ao morto. A maioria delas no cemitério foi feita em mármore no século 19 e se encontra na parte mais antiga. Geralmente trazem uma escultura sacra no topo. O oratório tem um aspecto semelhante ao da estela, também feito em mármore, mas traz uma estrutura de oratório ao redor de alguma escultura sacra, geralmente santos, anjos e cruzes.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
No século 20, começam a surgir tipologias mais complexas. A primeira delas é o jazigo capela, em que uma ou mais carneiras servem como base para uma pequena capela com imagens e elementos sacros, não acessível nos primeiros exemplares, que datam de 1940.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
O jazigo monumento surge com uma forma que pressupõe a função, com um monumento que não necessariamente faz referência ao sacro e que permite uma arquitetura mais autoral. Nessa tipologia, o morto ganha mais notoriedade no conjunto do cemitério. O mesmo ocorre no mausoléu, edificação que lembra uma pequena capela e que normalmente traz um sobrenome na fachada. Internamente, possui altar e imagens sacras.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Apesar de aparecerem pontualmente em toda a extensão do cemitério, os mausoléus formam uma concentração em uma região central, dando origem à chamada Alameda dos Mausoléus, apelidada assim por Clarissa devido a presença lado a lado de vários exemplares. Segundo a pesquisadora, apesar do auge ter sido entre 1910 e 1920, eles foram construídos entre 1900 e 1940. “O modismo se deve ao fato de que, nessa época, o cemitério ainda dispunha de grandes terrenos para comprar”, explica.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
A tipologia mais moderna encontrada no Cemitério Municipal é o túmulo verticalizado, que começa a aparecer conforme a racionalidade vai surgindo na arquitetura e os espaços dentro do cemitério vão ficando cada vez mais escassos. Revestidos de diversos materiais, desde os usados antigamente, como pó de pedra e mármore, até os mais atuais, como porcelanato e pastilhas, trazem três ou mais carneiras sobrepostas.
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo

Confira mais imagens do Cemitério Municipal:

Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Foto: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
E se você quer conhecer mais e ver de perto os estilos arquitetônicos do Cemitério Municipal, uma boa notícia: Clarissa Grassi organiza visitas guiadas com explicações sobre todos os pontos importantes. Para saber mais, é só acessar a página de Facebook das visitas.
*Especial para a Gazeta do Povo
LEIA MAIS

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!