Arquitetura

Depois de 3 meses do incêndio, Belvedere finalmente recebe cobertura emergencial

HAUS
26/03/2018 18:49
Thumbnail
Símbolo do art nouveau em Curitiba, o Belvedere finalmente recebeu cobertura provisória neste fim de semana (25), depois de 108 dias após o incêndio que deixou seu interior exposto à ação direta de sol e chuva, o que pode agravar o grau de deterioração das instalações e elevar o custo de restauro.
A estrutura emergencial foi instalada duas semanas depois que matéria de HAUS mostrou que o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Paraná (SindARQ-PR) encaminhou ao governo do Estado e à Coordenação de Patrimônio Cultural (CPC) notificação pedindo providências emergenciais quanto à cobertura do Palácio Belvedere.
Na ocasião, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), pasta à frente dos assuntos relacionados ao Belvedere, informou que o projeto para a execução da cobertura provisória estava sendo concluído e que esta deveria ser executada até o final deste mês de março.
Reconhecido como um patrimônio cultural importante, o edifício é uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP) desde 2016, e em julho de 2017 havia recebido R$ 1.073 milhão da Prefeitura de Curitiba para seu restauro. O projeto para sua revitalização, porém, ainda não havia começado quando o incêndio aconteceu no dia 6 de dezembro de 2017.
O edifício foi originalmente construído em 1915 pelo então prefeito de Curitiba e engenheiro Cândido de Abreu como um mirante, já que a região do São Francisco é um dos pontos mais altos da capital e possibilita uma vista sem igual.
O prédio também é reconhecido pela qualidade de seus elementos arquitetônicos típicos do art nouveau, como os desenhos de suas portas e janelas, a composição das varandas, os elementos que adornam o telhado e emolduram os vãos de janelas e portas

Novo plano de restauro

Foto: Facebook/Reprodução
Foto: Facebook/Reprodução
O novo projeto para a restauração do Palácio Belvedere está em fase de finalização e deve ter o seu processo de licitação para as obras aberto no próximo mês de abril, de acordo com a prefeitura. Após o restauro, a previsão é a de que um café escola do Sesc (Serviço Social do Comércio) funcione no local.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informa que, por conta do incêndio, foi necessário novo orçamento para o projeto, cujo processo está sendo conduzido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). “O orçamento será encaminhado pela SMMA à Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural (CAPC) para que seja elaborado novo decreto com o número de quotas de potencial construtivo que constarão no edital de licitação do restauro a ser lançado pela SMMA”, explica o Ippuc.
“O diagnóstico feito no imóvel após o incêndio aponta a necessidade de recuperação de toda a cobertura, do piso do pavimento superior e de parte da escada. Grande parte das esquadrias do pavimento superior terá de ser reproduzida, já que a estrutura anterior foi danificada, como também a cobertura da varanda. O processo de licitação dura em média três meses. A estimativa é de que as obras comecem em meados deste ano”, conclui a nota.

LEIA TAMBÉM

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!