Influência do modernismo carioca é marca do curitibano Lolô Cornelsen

No início dos anos 1960, com o fim do governo de Moyses Lupion, do qual foi secretário, o arquiteto e engenheiro curitibano Ayrton Lolô Cornelsen, um dos grandes nomes do modernismo no estado, fixou residência no Rio de Janeiro.

Para o professor de arquitetura da PUCPR Luis Salvador Gnoatto, antes mesmo desse período em que Cornelsen dedicou-se à construção do autódromo de Jacarepaguá, entre outros projetos no Rio; o arquiteto  tinha uma intimidade com o modernismo carioca, fato que aparece em seus projetos residenciais.

“Dá para dizer que Lolô bebeu na fonte do modernismo carioca. Um bom exemplo é a Residência Belotti, projeto de meados dos anos 1950, período que coincide com a Casa José Barbosa, única obra do arquiteto carioca Ernani Mendes de Vasconcellos em Curitiba.

Elementos como os pilotis de sustentação, as janelas em toda a fachada, os elementos de madeira que compõem e dividem os espaços, o uso dos azulejos, a sobriedade e simplicidade dos materiais, superfícies e cores e a presença do artesanato construtivo. Todos esses cuidados, tão marcantes neste que foi o período mais importante da arquitetura brasileira estão nessas duas obras do espaço urbano curitibano.