Arquitetura

Morar ou trabalhar em arranha-céus pode causar depressão

HAUS
20/04/2017 10:52
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A síndrome do arranha-céu apresenta sintomas como enjoo, sonolência, medo e até um quadro de depressão. O movimento dos prédios altos é o responsável por tal quadro. Foto: Pixabay

Especialistas das Universidades de Bath e Exeter no Reino Unido estão realizando pesquisas para desvendar os efeitos da chamada “síndrome do arranha-céu” na saúde das pessoas. Os sintomas são bastante comuns e muitas pessoas sentem ao olhar para baixo quando estão em um prédio muito alto. Enjoo, sonolência, medo e até um quadro de depressão estão entre os sinais.
O movimento das estruturas de um arranha-céu provoca sensações como enjoo, medo e até depressão.<br>Foto: Pixabay.
O movimento das estruturas de um arranha-céu provoca sensações como enjoo, medo e até depressão.<br>Foto: Pixabay.
De acordo com os pesquisadores, os efeitos colaterais são causados pela oscilação dos edifícios. “Cada vez mais pessoas estão vivendo e trabalhando em edifícios altos, mas o verdadeiro impacto das vibrações sobre elas é atualmente muito mal compreendido”, explicou Alex Pavic, professor de Engenharia de Vibração na Universidade de Exeter ao jornal britânico The Telegraph “A pesquisa irá, pela primeira vez, relacionar o movimento estrutural, as condições ambientais, o movimento do corpo humano, a psicologia e a fisiologia em um ambiente virtual totalmente controlável”, emendou.
É sabido que, apesar da solidez da estrutura, os prédios altos estão sujeitos a movimentos em resposta às forças externas como as provenientes de obras no entorno, escavações e vibração dos automóveis.
Na análise dos pesquisadores, por conta das lajes mais finas e com o espaçamento entre as colunas, os arranha-céus construídos a partir da década de 1970 não são capazes de amortecer as vibrações tão bem como seus antecessores. Esta realidade aumenta os efeitos da “síndrome do arranha-céu”.

O estudo

Além de engenheiros, participam da equipe de pesquisa médicos, fisiologistas e psicólogos das duas instituições. O projeto prevê o uso de simuladores para testar o movimento dos edifícios e as vibrações de outras estruturas como estádios e pontes.
A espessura de lajes e o espaçamento entre os pilares ajuda a explicar a maior vibração de arranha-céus construídos a partir de 1970.<br>Foto: Pixabay
A espessura de lajes e o espaçamento entre os pilares ajuda a explicar a maior vibração de arranha-céus construídos a partir de 1970.<br>Foto: Pixabay
Os resultados parciais indicam que os pequenos movimentos nos edifícios podem resultar nos sintomas relatados e impactam na concentração e motivação. “Assim como o enjoo causado pelo mar, nossa propensão ao desconforto induzido pelo movimento é dependente da situação e do ambiente. Por exemplo, pessoas em um concerto em uma arquibancada aceitam um nível completamente diferente de vibração que pessoas em uma sala de cirurgia no hospital”, explicou o chefe de Engenharia Civil em Bath, Dr. Antony Darby ao The Telegraph.
Como consequência prática o estudo espera, eventualmente, estabelecer novos padrões para os níveis de movimento permitidos em edifícios, pensando na saúde e segurança dos usuários.
Via Archdaily

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