Arquitetura

O múltiplo Sig Bergamin

Da redação
05/04/2012 03:26
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Sig Bergamin é eclético. Gosta da sua terra, fez até um livro sobre o Brasil, mas, se pudesse, pelo menos uma vez por mês, estaria com o pé na estrada. As influências desses lugares, misturadas, dão origem aos seus projetos, coloridos, multifacetados e plurais. O decorador e arquiteto não segue modas, mas gosta de estilos. Os mais variados.
Você é conhecido por misturar cores e estilos nos seus projetos. Como fazer isso sem que o resultado fique carregado?
Correndo o risco. Gosto de fazer misturas que nunca ninguém tentou antes e fazer uma coisa nova.
A casa ter a cara do dono é a premissa de um projeto?
Sim. A casa de alguém não pode se parecer com outra pessoa que não seu dono.
Que tipo de casa mais o agrada? Há um ícone de casa brasileira que você aprecia?
Gosto de casas descontraídas, de estilos misturados.
O que levou a decoração a entrar em alta no Brasil, valorizando tanto os profissionais?
Hoje as pessoas ficam mais em casa por vários motivos e, por isso, começaram a dar mais valor ao espaço em que vivem.
No Brasil, o artesanato é bem explorado na decoração?
Muito pouco. O Brasil não conhece o Brasil. Depois da viagem que fiz pelo país (para o livro Adoro o Brasil), não me tornei um nacionalista alucinado, daqueles que só tomam guaraná e dormem em rede. Apenas equilibrei minha visão de mundo e incluí nela o Brasil, com muito orgulho.
Qual o lugar do mundo mais inspirador para a sua arquitetura e decoração? Por quê?
A inspiração vem de toda parte do mundo. Adoro viajar, pesquisar. O que vejo acaba se traduzindo na cartela de cores que uso, servindo de referência às formas que procuro.
Você costuma garimpar objetos. Qual foi a maior extravagância que você fez para adquirir um objeto de decoração?
Foi a compra de tecidos antigos em uma lavanderia de Jaipur, na Índia.
Hoje há inúmeros programas de tevê dando dicas de como decorar gastando pouco. É possível ter uma casa bem decorada com orçamento restrito? Como?
Sim, claro, com muita criatividade, tempo e dedicação. A pressa é inimiga neste caso. É preciso pesquisar e garimpar muito para se fazer um projeto bacana.
Na decoração, como no mundo da moda, aparecem tendências que logo caem em desuso. Como não cair nessa armadilha?
Não gosto da palavra tendência, principalmente na decoração. Tudo que é modismo sai de moda. O estilo fica.
Qual a peça de mobiliário ou decoração que mais aprecia em uma casa?
Um sofá superconfortável.

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