Arquitetura

Roteiro art déco: conheça 9 construções com o estilo em Curitiba

Mariana Domakoski*
18/01/2017 11:23
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Edifício Moreira Garcez
Finalizado em 1933, foi o primeiro arranha-céu de Curitiba e abrigou importantes símbolos na cidade, como o Consulado da Alemanha e o Cine Palácio, que compunha a cinelândia. A princípio tinha cinco pavimentos, mas, na década de 1950, três pavimentos a mais já estavam finalizados (na época era considerado o terceiro maior edifício do Brasil). Revestido de pó de pedra, possui, entre os elementos verticais, colunas com detalhes de escalonamento na base e no topo. Esquadrias de ferro nas janelas também são destaque do edifício que fica na Boca Maldita, na esquina da Av. Luiz Xavier com a Rua Voluntários da Pátria.
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Sede dos Correios
De 1934, a sede dos Correios, na Rua XV de Novembro, possui elementos que induzem a verticalização, como as tiras de concreto e as janelas verticais na fachada. Também há uma tentativa de simplificar o desenho dos ornamentos, geometrizando mais. É um dos poucos exemplares em Curitiba que possuem prateleiras de luz, marquises de concreto que cortam as esquadrias das janelas, permitindo a iluminação natural ao mesmo tempo em que produzem sombra. Desde 1974 a fachada voltada para a Rua XV de Novembro é tombada como patrimônio histórico do Estado.
Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Edifício Marumby
Projetado por Romeu Paulo da Costa, localizado na Praça Santos Andrade e concluído em 1948, o Marumby foi o primeiro edifício residencial da cidade e representa uma transição entre o art déco e o modernismo. Antes dele, os prédios de Curitiba abrigavam apenas salas comerciais ou hotéis. Entre as características art déco mais marcantes, está a volumetria criada entre as sacadas – que parecem entrar e sair do prédio – e as janelas, como se uma fosse a continuação da outra.
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Edifício Santa Rosa
O número 250 da Praça Tiradentes é do Santa Rosa, um edifício de 1940 revestido com pó de pedra, com oito pavimentos e um charme lateral: uma estrutura metálica de janelas em formato tubular que reforça a verticalidade da construção. Na base dela, um pequeno escalonamento, que também promove essa ideia.
Edifício Nossa Senhora da Luz
A brincadeira entre volumes cheios e vazios na fachada é marca art déco do Edifício Nossa Senhora da Luz, localizado na Praça Tiradentes, ao lado da Catedral. De autoria de Romeu Paulo da Costa e construído em 1940, faz parte da transição entre o art déco e o modernismo, com valorização da esquina, simetria e volumes que parecem emoldurar as janelas.
Edifício Tiradentes
Em 1941, quando a Rua Cândido Lopes recém abria nas redondezas da Praça Tiradentes, foi levantado o Edifício Tiradentes, com seis pavimentos. O fato de estar na esquina foi aproveitado com as sacadas curvas. O formato das janelas e os elementos que apontam para para baixo e para cima nas laterais promovem uma verticalidade ainda maior da estrutura.
Fotos: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Fotos: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Edifício na esquina da Visconde de Guarapuava e a Barão do Rio Branco
Provavelmente datado da década de 1940, o exemplar mostra elementos art déco logo na curvatura que forma a esquina: barras verticais propõem um “crescimento” da estrutura para o alto. Há também uma complexidade volumétrica, com um jogo de espaços cheios e vazios, além de prateleira de luz.
Fotos: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Fotos: Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
“Prédio deitado” na esquina da Inácio Lustosa e a Duque de Caxias
Na esquina da Inácio Lustosa com a Duque de Caxias, no São Francisco, está localizado um chamado “prédio deitado”. Apesar de apresentar pintura, originalmente era revestido de pó de pedra. É possível perceber diversos elementos geométricos e que induzem à verticalização na fachada.
Igreja São Vicente de Paulo
A igreja apresenta diversas características art déco, como o uso de baixo e alto relevo, as figuras geométricas e elementos que induzem a verticalidade, além do escalonamento, presente no peitoril das janelas e em outros pontos da construção.
* especial para a Gazeta do Povo

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