Arquitetura

Você sabe o que funcionava nesses prédios de Curitiba num passado não tão distante?

HAUS
04/11/2016 21:48
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Curitiba está cheia de estruturas que foramconstruídas para funções diferentes das que desempenham atualmente. Fotos: créditos no texto

Não há como esperar que uma cidade se mantenha exatamente como foi um dia. Da Curitiba de mais de 320 anos atrás muita coisa mudou. Ela cresceu, se modernizou, veio mais gente para cá. Mas uma andada rápida pelo centrinho velho ou pelos bairros mais tradicionais, dá algumas pistas desse passado. Só que aqui vai um aviso aos andarilhos: quase nada do que você vê hoje é exatamente o que foi um dia. Reunimos aqui sete imóveis da Curitiba do passado que viraram outra coisa no presente. Está preparado para essa viagem? Siga nosso roteiro:

Uma metalúrgica no Centro Cívico

Antes de ser um shopping, a imensa estrutura do Shopping Mueller na Avenida Cândido de Abreu era ocupada por centenas de funcionários que trabalhavam para a Mueller Irmãos, uma metalúrgica fundada em 1878 pelo imigrante suíço Gottlieb Mueller. A fábrica produzia diversos materiais, de pregos a colheitadeiras e fogões à lenha. Por causa do novo plano diretor da cidade, precisou sair do Centro em 1979. Em 1983, a fábrica se transformou em um dos primeiros shoppings de Curitiba, o Shopping Mueller.
Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Na linha do trem

Em 1885 chegava à capital a linha de trem mais antiga do estado, a Curitiba-Paranaguá. Inaugurou-se então a Estação de Curitiba, que permaneceu ativa até 1972, quando foi desativada para que a rodoferroviária tomasse seu lugar. Depois de um longo período em desuso, a estrutura da antiga estação de trem foi reformada e transformada no atual Shopping Estação que, em 1997, quando inaugurado, chamava-se Estação Plaza Show.
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Sede do Exército na Brigadeiro Franco

Logo na fachada é possível identificar o brasão, o gradil da sacada e o mastro para bandeira. Estes são alguns resquícios da época em que o prédio do Shopping Curitiba era a sede do Comando da 5ª Região Militar do Exército Brasileiro. O quartel foi projetado em 1886 e lá ficou instalado até agosto de 1992. Em 1996, nascia o Shopping Curitiba.
Foto: Rodolfo Buhrer
Foto: Rodolfo Buhrer

Casa de Cônsul, tevê e espaço de eventos

O Castelo do Batel começou a ser construído em 1932, para ser a residência do cafeicultor e cônsul honorário da Holanda, Luís Guimarães. Entre 1947 e 1960, o ex-governador do Paraná, Moysés Lupion, mudou-se para o local — que em seus tempos áureos recebeu príncipes, artistas e outras grandes figuras, como Juscelino Kubitschek e Nelson Rockfeller. A partir de 1973, o Castelo foi sede do Canal 12, da TV Paranaense, além de cenário para filmes. Hoje, o espaço funciona como um centro de eventos que pode ser alugado.
Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Residência do Barão

Ildefonso Pereira Correia, mais conhecido como Barão do Serro Azul, foi o maior exportador de erva-mate do Paraná. Onde hoje funciona o espaço cultural Solar do Barão, antes era a residência de Ildefonso, que foi morto durante a Revolução Federalista de 1894. Em 1912, o Exército Nacional ocupou o imóvel, até que em 1975 ele foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Curitiba. O Solar do Barão tal como conhecemos hoje, como um espaço cultural, foi inaugurado em 1980.
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Hospital, presídio e fórum

O Presídio do Ahú é palco para diversas lendas e histórias. Inaugurado em 1903, o prédio abrigou durante quatro anos o Hospício Nossa Senhora da Luz. De 1908 a 2006, tornou-se o primeiro presídio de Curitiba. Hoje, a construção está sendo adaptada para que um novo prédio do Fórum Criminal e Fórum dos Juizados Especiais do Centro Judiciário tome seu lugar.
Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo Gazeta do Povo
Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo Gazeta do Povo

Fábrica de fitas no Alto da XV

Em 1938, a Fábrica de Fitas Venske, que produzia fitas e bandeiras para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, se mudava do Largo da Ordem para a Rua Ubaldino do Amaral, no Alto da XV. A nova sede tinha 10 mil m² de área construída — depois de algumas ampliações, chegou a 16 mil m². Mas, em 1980, a fábrica fechou suas portas. Hoje diversas empresas funcionam no espaço cultural, que se chama A Fábrika: desde cursos de idiomas e dança latina até o Núcleo Estilo de Vida da Gazeta do Povo.
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

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