Decoração

Cada tinta em seu lugar

Gazeta do Povo
16/07/2010 03:13
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Tinta acrílica é a mais usada em superfícies de alvenaria: facilidade de limpeza e baixo odor são as principais características

Principais
As tintas para uso imobiliário diferem-se pelo tipo de solvente e resina utilizada. O gerente de assistência técnica da Sherwin Williams, José Humberto de Souza, lista como principais as tintas látex, PVA e acrílica, que têm bases diferentes. Uma usa acetato de polivinila (PVA) e outra resina acrílica, que é mais durável, fácil de limpar e pode ser usada em ambientes internos e externos. “As tintas acrílicas são as mais procuradas por serem versáteis e quase sem odor, porque usam água como solvente”, aponta. Há ainda os esmaltes sintéticos e à base d’água, além dos vernizes, resinas, tinta epóxi, massas para texturas decorativas e materiais como as massas corrida e acrílica – usadas para reparar imperfeições e deixar a superfície uniforme; o fundo preparador de paredes e o selador, úteis quando é necessário diminuir a porosidade de uma parede de alvenaria nova ou de uma superfície de gesso.
Do teto ao piso
Quem já pegou um rolo ou pincel e se arriscou a pintar o teto de casa sabe o quanto é desconfortável quando a tinta começa a pingar nas mãos e até no rosto. Pensando nisso, os fabricantes criaram tintas acrílicas com melhor cobertura e mínimo respingamento, próprios para esse tipo de área. “São tintas acrílicas, mas com uma combinação de resina diferente que diminui o pinga-pinga e colabora para o resultado final”, diz o técnico da marca Tintas Renner, Antonio Carlos de Oliveira.
Em casos de tetos em áreas molhadas também há tintas que resistem mais à umidade. “Há maior quantidade de fungicidas e algicidas, que evitam o crescimento de mofo, mas não acabam com fungos preexistentes. Então é preciso eliminar o mofo antes de pintar”, alerta Oliveira.
Os forros de madeira pedem esmaltes, à base de solvente ou água, ou vernizes. “Não é recomendado ter forro de madeira em áreas úmidas, mas se este for o caso, deve-se utilizar tinta ou verniz hidrorrepelentes e com fungicida reforçado. Os hidrorrepelentes não permitem que a água seja absorvida”, diz a promotora técnica da Lukscolor, Fernanda Nogueira.
Na parede, o mais comum é o uso de tintas acrílicas, que são bastante resistentes. Pode-se optar também por uma tinta PVA. “As possibilidades de criação são imensas, é possível fazer uma textura ou ainda ter um visual envelhecido, com o uso de resinas ou gel. A criatividade é quem manda na decoração das paredes internas”, aponta Fernanda.
Outro tipo de tinta comum na área interna é a feita a partir de resinas epoxídicas. A principal característica é a alta resistência à umidade e à ação de produtos químicos. “Serve especialmente para paredes e pisos de concreto, reboco, azulejo e metal. É uma tinta difícil de ser manuseada e exige um profissional que conheça bem o produto”, ressalta Antônio Carlos Oliveira, da Tintas Renner. Na área externa, ele indica tinta acrílica formulada para varandas e garagens, que tem alta resistência à abrasão e à circulação de pessoas e veículos. As resinas acrílicas podem ser usadas sobre pedras, cimento ou tijolo aparente.
Primeira impressão
A função estética da pintura de fachada é evidente, porém há ainda o quesito proteção. Alguns elementos expostos ao sol, chuva e poluição merecem cuidados quanto a pintura. As telhas, por exemplo, podem durar mais quando protegidas com tinta acrílica de uso específico. “A mistura de resinas especiais dessas tintas, forma um filme brilhante de alta rigidez e aderência, inibindo ou postergando a formação de limo e o escurecimento”, diz Oliveira. Pode-se optar ainda pelos esmaltes para cerâmica e a resina acrílica, um impermeabilizante incolor, que pode ser usado também em fachadas de tijolo à vista.
Para as paredes externas e muros de alvenaria também há diversos tipos de acabamentos. Se a opção for por uma pintura lisa, deve-se escolher tinta acrílica de boa qualidade (premium), que protege das intempéries. A vantagem do produto é a elasticidade para acompanhar os movimentos de dilatação e retração do concreto sob a ação da mudança de temperatura. “Isso evita possíveis infiltrações de água de fora para dentro”, afirma José Humberto de Souza, da Sherwin Williams.
Algumas marcas oferecem opções antipichação, que acompanham um removedor, e tintas hidrorrepelentes, que têm propriedades emborrachadas. “Qualquer que seja a opção, escolha os acabamentos semibrilho ou brilhante, que facilitam a limpeza”, diz Fernanda. O mesmo vale para os esmaltes usados em portas, janelas e portões, de metal ou madeira.

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