Livre de rótulos e sem ser atrelado à uma faixa etária: é assim que a curitibana Luciana Muniz fala de sua marca de design autoral, A Dama e o Cachorrinho. As peças são produzidas com tecidos 100% algodão e suportes recicláveis, demonstrando a preocupação da profissional com o impacto ambiental. A marca existe há dois anos e vem ganhando força no mercado nacional, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. “As pessoas estão mais atentas e querem saber como é feito o produto e quem o faz”, diz Luciana.

Os produtos de A Dama e o Cachorrinho são flâmulas (custam a partir de R$ 65), almofadas (a partir de R$ 50), cestos (a partir de R$ 65), porta lápis (a partir de R$ 45) e pôsteres (entre R$ 40 e R$ 79)  inspirados em animais. Luciana lembra que a marca surgiu quando começou a montar o quarto de sua filha. “Fui criando produtos para decorar o quarto dela, depois montei uma loja virtual e as pessoas começaram a se interessar. Agora estamos realmente profissionalizando a empresa”, conta. Apesar de ter surgido para decorar um quarto de bebê, a marca atende adultos que também gostam de trazer peças lúdicas para o conforto de casa.

Um dos destaques é a linha com imagens de lhamas, animal presente em diversos países da América Latina. A inspiração andina veio de uma viagem recente de Luciana para o deserto do Atacama, no Chile. As outras linhas apresentam imagens de animais como gatos, ursos, baleias e ovelhas. “Nossa produção é pequena, não queremos ser uma grande empresa”, comenta a designer. Quando uma nova linha é lançada, Luciana produz cerca de dez peças de cada produto e faz a reposição de acordo com as vendas.

A preocupação com o meio ambiente e com a economia local é uma das características de A Dama e o Cachorrinho. “Fazemos parcerias com outras pequenas empresas ou com autônomos que trabalham manualmente para fortalecer a economia local”, informa Luciana. “Usamos apenas matéria-prima brasileira e só produzimos em Curitiba e com fornecedores locais”, completa.

A empresa é formada por ela e seu marido que são responsáveis por projetar, desenhar e montar protótipos. A parte têxtil é feita por micro e pequenas empresas e por costureiras de Curitiba.
Os produtos não tem materiais de origem animal e a impressão é feita por serigrafia, em processo artesanal.

O nome da marca é inspirado no conto A Dama do Cachorrinho, do escritor russo Anton Tchekhov. “Por coincidência, estava lendo o livro de Tchekhov quando decidi criar a marca”, lembra.

O cachorrinho em questão é Joca, o vira-latas que morou com Luciana durante 13 anos. Ela conta que o cão era seu companheiro na época em que trabalhava em casa e quando ele morreu decidiu homenageá-lo.

Mais informações sobre os produtos no site da marca.

*Especial para Gazeta do Povo

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