Há qualquer coisa de fascinante em um quadro que pode simultaneamente contar uma história e dar vida ao ambiente. Afinal, obras de arte têm o poder de aguçar os sentidos de quem as observa. Imagine então poder conviver diariamente com algumas delas em casa. Quadros e esculturas, antes reservadas a museus, galerias ou à casa de poucos privilegiados, passam a ter mais espaço nas residências, mostrando que a arte se democratizou e está acessível a uma parcela maior da população.
Dar destaque para uma obra de arte preservando a harmonia com os móveis e demais objetos é tarefa que exige conhecimento e sensibilidade. Para mostrar diversas formas de promover esse casamento, a Viver Bem Casa & Decoração levou o decór para dentro de três galerias de Curitiba e montou ambientes no “habitat” das obras de arte. O resultado foram seis espaços (incluindo o que ilustra nossa capa) de estilos diferentes e com obras variadas.
Escolha certa
Para a marchand Zilda Fraletti, a inserção de obras na decoração é uma alternativa para os artistas plásticos no Brasil. “Creio que mesmo os mais puristas passaram a entender o papel da arte na decoração. Depois de criada, a obra de arte passa a ser do público e pode perfeitamente estar na decoração de uma residência”, aponta.
A galerista explica que diversos profissionais de arquitetura e design de interiores trabalham em parceria com ela e acabam levando mais público para a galeria, ajudando a divulgar os artistas. Mas ela lembra que a compra de uma tela ou escultura exige envolvimento de quem a terá em casa. “Obras de arte têm alma e não podem ser escolhidas para combinar com o sofá ou tapete.”
A arquiteta Luciana Baggio, responsável pelas duas ambientações feitas na Galeria Zilda Fraletti, aponta a arte como elemento único na decoração. “A obra tem um lugar que é dela. Está no ambiente para ser apreciada, não é funcional como um móvel. Os moradores da casa devem escolher uma tela que lhes toque de alguma forma”, diz.
E não se trata de escolher somente peças de artistas consagrados, há muitas alternativas no mundo da arte. “Gravuras, fotografias, ilustrações e reproduções digitais são alguns exemplos de peças que têm preço mais acessível”, comenta a arquiteta Gisela Carnasciali Miró, profissional que assina as ambientações feitas na SIM Galeria e na Galeria Simões de Assis.
Com tantas opções, fica a dúvida: por
onde começar a busca pelas obras? Gisela acredita que a consultoria de alguém que conheça o universo das artes plásticas é muito importante. “Ir a vernissages, visitar galerias, conversar com marchands e com colecionadores é um bom caminho. Há ainda lojas de decoração que comercializam quadros e esculturas”, comenta.
onde começar a busca pelas obras? Gisela acredita que a consultoria de alguém que conheça o universo das artes plásticas é muito importante. “Ir a vernissages, visitar galerias, conversar com marchands e com colecionadores é um bom caminho. Há ainda lojas de decoração que comercializam quadros e esculturas”, comenta.
Laura Simões de Assis, sócia da SIM Galeria, lembra que os compradores devem analisar a peça como um investimento. “Na galeria, há artistas que estão traçando um caminho interessante. Daí a importância de se cercar de informação antes de comprar uma obra.”
Há ainda artistas que fazem uma obra de acordo com o espaço disponível, criando não apenas telas, mas texturas, grafite e outras reproduções nas próprias paredes da casa.