Tida como o primeiro grande trabalho do arquiteto Antoni Gaudí em Barcelona, a Casa Vicens foi aberta ao público pela primeira vez no último mês de novembro. Após um longo trabalho de restauração, a colorida construção foi transformada em um museu que tem por objetivo recuperar e dar visibilidade ao trabalho realizado pelo gênio do modernismo catalão na casa, que passou por diversas transformações ao longo dos anos.

A iniciativa é do banco espanhol MoraBanc, que adquiriu o imóvel em 2014 e desde então passou a investir na recuperação do espaço. O projeto de restauração, tocado a partir de abril de 2015, ficou a cargo dos escritórios de arquitetura Martínez Lapeña-Torres Arquitectes S.L.P. e Daw Office S.L.P.

Conhecida como “a casa onde tudo começou”, a Casa Vicens foi construída entre 1883 e 1888 para ser o imóvel de veraneio da família do empresário Manuel Vicens. Com quatro pavimentos e estilo orgânico, a construção tem no piso térreo um de seus espaços mais importantes, uma vez que conecta o interior e o exterior da casa permitindo que o jardim “entre” nas salas de jantar e estar, que são adornadas com representações de plantas e pássaros.

Na fachada, o destaque são as centenas de azulejos coloridos instalados a pedido de Vicens. Fabricante de telhas, ele queria que a casa servisse como cartão de visitas.

A abertura da Casa Vicens completa a lista dos sete edifícios de Gaudí declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco em Barcelona que podem ser visitados pelo público: Sagrada Família, Casa Batlló, Casa Milà (La Pedrera), Parque Güell, Palácio Güell e Cripta da Colônia Güell.

A casa é aberta todos os dias e oferece três opções de roteiro de visitação. O valor dos ingressos varia de 16 a 19 euros (cerca de R$ 62 a R$ 73). Idosos, crianças e portadores de deficiência pagam valores diferenciados.

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