Tapetes verdes

Camila Machado, especial para a Gazeta do Povo
27/03/2014 03:34
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O gramado é um espécie de “moldura” para o paisagismo de árvores e plantas, como nesta proposta criada pela paisagista Claudia Canales.

Ele é a base da maioria dos jardins e tem a missão de complementar o potencial paisagístico de árvores e plantas. Mas manter um gramado sempre verde e bonito não é uma tarefa fácil. Afinal, tudo irá depender da espécie de grama escolhida, bem como dos cuidados permanentes que o “tapete verde” da casa exige.
O arquiteto e urbanista Marlos Hardt explica que, entre as espécies mais populares de gramíneas, está a esmeralda, que tem esse nome devido ao seu verde intenso. Segundo ele, a variedade é indicada para espaços de circulação, que permitem o pisoteio e, inclusive, a prática moderada de esportes. Outra opção é grama são carlos, conhecida popularmente como “grama curitibana”, que se adapta facilmente ao clima da cidade e de regiões frias, que enfrentam geadas.
Para espaços com pouca ensolação são indicadas as espécies santo agostinho (grama inglesa) ou amendoim, que suportam meia sombra. Hardt recomenda a primeira para casas de campo e praia, pois é mais resistente à salinidade e ao frio. Ambas, no entanto, não toleram pisoteio.
Para jardins ornamentais, a grama japonesa ou coreana, também denominada zoysia, é a indicada, pois é fina e delicada. Outras opções são as vegetações rasteiras que imitam gramíneas. Entre elas estão a grama preta, utilizada para contorno de jardins; a ofiopogo; o capim do texas e os clorofitos.
Clima
Alguns fatores influenciam diretamente no crescimento e na manutenção das gramíneas. A atenção para o clima, por exemplo, é essencial. Antes de escolher a espécie de grama, é necessário avaliar a temperatura em que ficará exposta, o nível de umidade, a irrigação do solo e a quantidade de exposição ao sol. Além disso, avaliar o pH do solo (ideal entre 6 e 7,5) garante a manuntenção do tapete verde.
O corte é outro item importante, pois além de deixar os gramados visualmente mais interessantes, evita o sombreamento e a retenção de umidade, que podem prejudicar o crescimento das plantas. No entanto, a periodicidade de poda varia de espécie para espécie. A regra básica é avaliar a necessidade do corte pelo tamanho das folhas e nunca ultrapassar mais que um terço da lâmina foliar, aproximadamente, 2 a 3 centímetros. No período do verão, o cuidado deve ser mais frequente, por conta da maior exposição ao sol e aumento do nível de chuvas, o que favorece o desenvolvimento.

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