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De acordo com um artigo do site The Gay UK, algumas pessoas querem trocar a já conhecida sigla LGBT para "LGBTQQICAPF2K+" – as novas letras trazem gírias que representam outros comportamentos sexuais. Por exemplo, o "K" representa "kink", fetichista. 

"Agora existe um K que querem acrescentar à sigla LGBT+, e aparentemente ele significa 'kink'", revela o artigo, que define também as outras letras da sigla da seguinte maneira: 

  • L - lésbica 
  • G - gay 
  • B - bissexual 
  • T - transgênero 
  • Q - queer - pessoas que não seguem o modelo de heterossexualidade ou binarismo de gênero 
  • Q - questioning - alguém que está se questionando sobre a sexualidade 
  • I - intersex - intersexual 
  • C - curious - curioso 
  • A - asexual - pessoas que não têm atração sexual 
  • A - agender - agênero, uma identidade caracterizada pela ausência de gênero 
  • A - ally - aliado, ou seja, um heterosexual não homofóbico 
  • P - pansexual - indivíduo que se sente atraído por todos os gêneros 
  • P - polysexual - polisexual, alguém que se sente atraído por pessoas de vários gêneros 
  • F - friends and family - amigos e familiares 
  • 2 - two-spirit - ao pé da letra, dois espíritos. Termo derivado de tribos indígenas norte-americanas nas quais alguns indivíduos se vestiam e desempenhavam papéis sociais dos dois gêneros. 
  • K - kink - fetichista ou pessoa que pratica sexo de maneira não convencional 

Sem surpresas, o artigo do The Gay UK relata que muitos membros da comunidade LGBT não estão felizes com as mudanças, particularmente com a adição de "kink". Uma busca rápida no Twitter mostra a opinião de vários usuários sobre o assunto: 

"Agora existe um K para Kink na sigla LGBT+. Sério? Isso agora é visto como uma orientação sexual? Obviamente não estou atualizada com a comunidade que supostamente faço parte", escreveu a usuária @vonny_bravo. 

"As pessoas 'kink' não são tão oprimidas como a comunidade LGBT. Claro que é difícil ser estigmatizado, mas acho essas comunidades muito diferentes", escreveu @heidilynnhere. 

"Por que estão tentando colocar um k (para kink) na sigla LGBT+? Vocês percebem que ser kink não faz de vocês um de nós, certo?", postou o usuário @ravirotten. 

Honestamente, eu comecei a concordar com qualquer um que ache que isso é a coisa mais estúpida de todos os tempos. Como o próprio texto do site The Gay UK aponta, o propósito da sigla é "englobar qualquer comunidade que se defina como algo que não é heterossexual ou cisgênero" – mas a única razão para o acréscimo de "kink" é englobar pessoas que são heterossexuais ou cisgênero. Afinal de contas, qualquer pessoa que se considere "kink" na comunidade e que não seja heterossexual ou cisgênero já estaria incluído na comunidade em alguma outra letra. 

Ser inclusivo é ótimo, mas as palavras existem para descrevermos situações diferentes de maneiras diferentes. Isso não está aberto para debate, é simplesmente assim que a língua funciona, como nós nos comunicamos. 

Se você gosta dos comportamentos considerados "kink", tudo bem, mas isso não é a mesma coisa que ser gay – não basta colocar sua letra na sigla para que isso seja a mesma coisa. Ser "kink" não faz com que você seja parte da comunidade LGBT, faz você parte da comunidade "kink". Por isso que existe uma palavra separada para isso – são coisas diferentes. 

Uma descrição específica não pode ser usada para descrever qualquer coisa e todas as coisas, ou ela deixaria de ser uma descrição específica. Se você olhar a sigla LGBTQQICAPF2K+, verá que é difícil achar alguém que não é incluído de alguma forma – o que acaba destruindo o próprio propósito de existência da sigla.

©2018 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês

Tradução de Gisele Eberspächer

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