• Carregando...
Relatório da Reuters revela que pessoas mais jovens estão interessadas em acompanhar notícias sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Pixabay
Relatório da Reuters revela que pessoas mais jovens estão interessadas em acompanhar notícias sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump| Foto: Pixabay

Em meio à guerra declarada entre o presidente Donald Trump e a imprensa, mais jovens americanos estão pagando para ler notícias na internet, aponta relatório do Reuters Institute.  

A taxa de pessoas entre 18 e 24 anos que assinam notícias online subiu de 4%, em 2016, para 18%, este ano. Na faixa etária entre 25 e 34 anos, a porcentagem foi de 8% para 20%. Esses dois grupos representam cerca de 30% do mercado no país.  

O aumento contraria o senso comum de que os jovens não estariam preparados para despender dinheiro com jornalismo, diz o estudo.  

Leia tambémTrump está na corrida para ganhar a reeleição

O fenômeno se reflete nas assinaturas de jornais tradicionais dos Estados Unidos: o "New York Times" ampliou em cerca de 500 mil as assinaturas digitais nos seis meses seguintes à eleição de Trump. No "Wall Street Journal", a alta foi de 200 mil.  

Mais de um quarto dos americanos ouvidos pela pesquisa apontam o apoio ao jornalismo como um motivo central para suas assinaturas.  

"Esse aumento vem de pessoas de esquerda e de jovens, que querem mostrar de forma efetiva seu apoio aos esforços da mídia em fiscalizar o presidente e suas políticas", diz o relatório. Entre os entrevistados que se dizem de esquerda, a taxa de assinantes de notícias online subiu de 15% para 29%.  

Cenário nacional  

No Brasil, a porcentagem de pessoas que pagam por notícias permaneceu estável neste ano: em 22%, considerando apenas a população urbana do país.  

Com o ambiente de polarização política, a taxa de brasileiros que acreditam que a mídia é livre de influência política caiu de 36%, em 2016, para 30%, em 2017. Ainda assim, o nível de confiança na imprensa segue alto: 60%.

O relatório também aponta o aumento do Whatsapp como uma ferramenta de distribuição de notícias. O Brasil é colocado como exemplo do fenômeno: no país, o uso de redes sociais, como o Facebook, para esse fim caiu 6 pontos percentuais, embora siga alto, com 66%. O uso do Whatsapp, por sua vez, subiu 7 pontos percentuais, para 46%.  

"Isso pode ser um sinal de saturação do mercado, ou pode estar relacionado a mudanças nos algoritmos do Facebook em 2016, com uma maior prioridade de amigos e família. Outra explicação para a desaceleração é que as pessoas estão passando menos tempo em redes sociais e mais em aplicativos de mensagens", aponta o estudo.

Um futuro não tão brilhante para as revistas //bit.ly/2yJAvwh

Publicado por Ideias em Quarta-feira, 25 de outubro de 2017
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]