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Fernando Holiday no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre: “Tenho prestado um importante serviço aos debates públicos necessários para a cidade de São Paulo e também, de certa forma, ao país” | Tiago Trindade/Divulgação
Fernando Holiday no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre: “Tenho prestado um importante serviço aos debates públicos necessários para a cidade de São Paulo e também, de certa forma, ao país”| Foto: Tiago Trindade/Divulgação

Fernando Holiday, 20 anos, é vereador de São Paulo pelo Democratas e um dos líderes do Movimento Brasil Livre, que articulou as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Em Porto Alegre para a trigésima edição do Fórum da Liberdade, evento organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais, que teve início nesta segunda-feira (10), no Centro de Eventos da PUCRS, falou com a Gazeta do Povo.

Disse acreditar que o público está atento para a necessidade de mudanças no perfil de gestão durante as últimas eleições municipais, mas questionou: “será que quando os problemas se resolverem, a grande massa vai se esquecer disso e vamos eleger um novo Lula?”

O que motiva sua atuação no movimento ‘Escola Sem Partido’?

Acho que motiva principalmente por alguns abusos de professores em sala de aula, de propaganda partidária, para impor ideias a essas crianças e adolescentes. O Escola Sem Partido não restringe a liberdade do professor porque garante que haja debate e que ele exponha suas opiniões em sala de aula, mas deixa explícito para os alunos e para esses profissionais da educação que a escola não é um lugar de imposição de ideias.

Você percebe algum risco de esse projeto virar um “caça às bruxas” e de coação dos profissionais?

Acho que não, pois o Escola Sem Partido não propõe um combate a professores “doutrinadores”. Ele nada mais é que a conscientização de pais, alunos e professores de que a doutrinação não é o caminho em sala de aula. Vai haver uma placa, em todas as salas de aula, deixando bem claro o direito desses alunos, que podem expressar suas ideias sem nenhum tipo de coação e intimidação, que às vezes acabam sendo cerceados porque o professor tem uma ideia e não quer escutar ideias contrárias.

Como você avalia os primeiros cem dias do mandato de vereador na cidade de São Paulo?

Eu diria que foram bem polêmicos (risos). Por conta das manifestações, do Movimento Brasil Livre e por ser um dos principais políticos envolvidos no movimento, isso tudo gera reações bem contrárias. Mas acho que pelo menos, com todo esse barulho e essa confusão, eu tenho prestado um importante serviço aos debates públicos necessários para a cidade de São Paulo e também, de certa forma, ao país, já que estamos falando da maior cidade do Brasil.

Considerando que você começou a militância no MBL e agora está vinculado a um partido político, como enxerga a possibilidade de essa nova vinculação interferir no seu mandato?

Quando fui para o Democratas, uma das condições é que não interferissem em absolutamente nada no meu mandato, e assim tem sido desde então. Quando vou para dentro da instituição, é claro, as atitudes mudam, porque ali eu tenho uma responsabilidade maior, tem leis que determinam qual o meu papel. Mas os meus ideais permanecem.

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