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Moradores de Miami estão saindo da cidade com medo da tempestade. | SAUL LOEB/AFP
Moradores de Miami estão saindo da cidade com medo da tempestade.| Foto: SAUL LOEB/AFP

O furacão Irma, que atinge a região do Caribe desde quarta-feira (6) com ventos de até 295 km/h, deixou ao menos 10 mortos e milhares de pessoas desabrigadas. Nos Estados Unidos, o estado da Flórida já se prepara para a tempestade, que deve chegar ao país na manhã de domingo.

O ministro francês do Interior, Gérard Collomb, disse na manhã desta quinta-feira (7) à “Franc Info” que ao menos oito pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas quando a tempestade de categoria cinco atingiu os territórios franceses no Caribe, St. Martin -também controlado pela Holanda- e St. Barts. Mais tarde, o primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, corrigiu a informação, ao anunciar que quatro pessoas que haviam sido dadas como mortas foram localizadas. 

Já o presidente francês Emmanuel Macron, que está na Grécia, prometeu que visitará as ilhas logo que as condições climáticas permitirem. Ele também pediu esforços concentrados no combate ao aquecimento global para prevenir desastres naturais semelhantes. 

Em Barbuda, uma morte foi confirmada até o momento. De acordo com o primeiro ministro do país, Gaston Browne, cerca de 60% de sua população, que é de aproximadamente 1.400 pessoas, está desabrigada. “É realmente uma situação horrível”, disse o premiê à agência de notícias “Associated Press”. Uma pessoa morreu. Outras duas mortes foram confirmadas em Barbados e Anguilla. 

Em Porto Rico, Estado livre associado aos EUA, mais de um milhão de pessoas estão sem energia e os portos estão fechados. O governador Ricardo Rosselló Nevares disse nesta quinta-feira (7) à agência de notícias “Associated Press” que ainda não é possível saber a extensão do dano. “É difícil estimar quanto tempo durará a queda de energia”, afirmou. 

O furacão causou inundação em parte da República Dominicana nesta quinta (7), próximo ao Haiti. 

Durante à tarde, o Irma deve passar perto das ilhas Turcas e Caicos e de Bahamas, e na sexta (8), próxima a Cuba. 

Evacuação

Autoridades do sul da Flórida estão expandindo as ordens de esvaziamento na região à medida em que o furacão Irma se aproxima da região. Agora, mais de meio milhão de pessoas devem buscar segurança no interior do país.  

O prefeito do condado de Miami-Dade, Carlos Gimenez, anunciou ordens para que o centro de Miami e outras partes da cidade fossem esvaziadas, além de setores ao sul do município. A área expandida inclui, também, Homestead, Coral Gables, South Miami, Miami Shores e North Miami Beach.  

As autoridades do condado já haviam pedido na quarta-feira que Miami Beach e outras ilhas fossem esvaziadas. A população total das comunidades afetas é de quase 700 mil pessoas, embora as zonas atingidas nem sempre incluam cidades inteiras. A população do condado de Miami-Dade é de cerca de 2,7 milhões de pessoas.

EUA

Nos EUA, o governador da Flórida - em estado de emergência desde segunda (4) -, Rick Scott, disse em coletiva pela manhã que se prepara para uma tempestade “com potencial para devastar” o estado. Ele ainda destacou que o fenômeno é “maior, mais forte e mais rápido do que o Andrew”, em referência ao furacão de 1992. 

“Não fique sentado esperando a tempestade chegar. Ela é extremamente perigosa e mortal, e vai causar devastação. Prepare-se agora”, disse Scott.

Algumas cidades no sul da Flórida já ordenaram que as casas sejam evacuadas. 

Em todo o Estado, a rotina foi alterada. Escolas ficaram fechadas nesta quinta. A NFL, liga nacional de futebol americano, adiou a partida do Miami Dolphins que estava programado para domingo. Jogos universitários também foram suspensos.

Segundo previsões do Centro Nacional de Furacões dos EUA, se o Irma manter sua trajetória, pode atingir o sul da Flórida no domingo (10).

Haiti

Apesar de a tempestade não estar prevista para atingir o solo do Haiti, o país acionou o alerta mais alto para desastres naturais. A região norte, mais suscetível, ainda não fez todas as evacuações necessárias por falta de abrigos em condições de funcionamento. 

Haitianos atravessam o vento e a chuva na praia, em Cap-Haitien enquanto o fenômeno Irma se aproximaHECTOR RETAMAL/AFP

Casa reduzida a escombros após a passagem do furacão IrmaQUENTIN LIOU/AFP

Ventos chegaram a 295 km /h, atingindo o litoral norte da República Dominicana e o Haiti nesta quinta (7)HECTOR RETAMAL/AFP
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