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Lula e Dilma na época em que o PAC ainda convencia como propaganda: menos de 30% das obras foram concluídas | SERGIO NEVES - AESERGIO NEVES - AE
Lula e Dilma na época em que o PAC ainda convencia como propaganda: menos de 30% das obras foram concluídas| Foto: SERGIO NEVES - AESERGIO NEVES - AE

Grandes bandeiras do período em que Lula e Dilma estiveram no comando do país, o Programa de Aceleração do Crescimento e os estádios da Copa do Mundo não só foram uma grande oportunidade para corruptos ganharem dinheiro, mas também continuam gerando prejuízos milionários ao bolso dos pagadores de impostos todo mês. Abaixo, os grandes fracassos da era petista no poder:

Trem-Bala

Em 2007, quando foi anunciado o projeto do trem bala ligando Rio de Janeiro a São Paulo, ele custaria R$ 18 bilhões, as passagens custariam R$ 80 (um valor bastante acessível) e o governo não arcaria com nenhuma despesa. Desde o primeiro momento, Dilma Rousseff, maior defensora da ideia, garantia que ficaria pronto a tempo para a Copa de 2014. Um ano depois, porém, tudo mudou. O governo passou a fazer parte do negócio e o trem bala foi incorporado do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O custo passou para R$ 22 bilhões e a parada final saiu de São Paulo para Campinas. 

Em 2009, o que começara dois anos antes em R$ 18 bilhões praticamente dobrara de preço: R$ 33 bilhões (R$ 20 bi deles vindos do BNDES). O custo da passagem também saltou de R$ 80 para R$ 200. Um estudo de viabilidade, porém, calculou o custo real em R$ 64 bilhões. Mesmo sem sair do papel, o projeto custou R$ 1 bilhão em estudos de viabilidade, contratação de consultoria e despesas extras. 

Estádios da Copa 

A média de público do Campeonato Amazonense é de 217 torcedores por jogo, a pior do Brasil. No estadual de Mato Grosso, a média é melhor: 1.015 torcedores pagantes por partida. Mas o Cuiabá, que utiliza a Arena Cuiabá, leva apenas 409 torcedores a cada jogo. O maior público do Campeonato Brasiliense deste ano foi de 3.021 torcedores. 

A Arena da Amazônia, a Arena Cuiabá e o estádio Mané Garrincha, em Brasília, custaram respectivamente R$ 660 milhões, R$ 583 milhões e o faraônico valor de R$ 1,4 bilhão. Não bastou o dinheiro jogado fora em estádios construídos em praças onde praticamente não há futebol profissional. Os três estádios ainda dão prejuízo mensal com manutenção. No caso do Mané Garrincha, a conta fecha negativa em R$ 500 mil todo mês. A Arena Cuiabá tem um custo mensal de R$ 700 mil, mas não consegue cobrir nem 10% disso. A Arena da Amazônia custou R$ 6,5 milhões em 2016. Arrecadou apenas R$ 1,1 milhão. 

Para piorar, delações de ex-executivos das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht para a operação Lava Jato indicaram propinas somando o valor de R$ 120 milhões (cálculo considerado conservador) na construção em dez de 12 arenas — salvam-se apenas o estádio Beira-Rio e a Arena da Baixada. 

BNDES 

O que a empresa de telefonia Oi, a JBS Friboi e Eike Batista têm em comum? Os três foram escolhidos pelo governo petista para receber bilhões em empréstimos públicos, a juros bem camaradas (7,5%), para se tornarem o que se convencionou chamar “campeões nacionais”. Amigos do rei (ou da rainha), Eike e sua rede de empresas X, a Oi, e a JBS superaram a concorrência sendo claramente beneficiados, sem nenhum critério. 

O resultado da benevolência estatal apareceu em 2016 e 2017: de Supertele, a Oi agora não se sustenta mais com as próprias pernas e deve dezenas de bilhões, além de oferecer um serviço de segunda categoria aos clientes. Eike, ex-sétimo homem mais rico do mundo, foi parar na cadeia (depois de receber R$ 10,4 bilhões do governo) e a JBS, que recebeu mais de R$ 11 bilhões do BNDES, se viu envolvida no escândalo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. 

Durante a gestão Luciano Coutinho no BNDES, mais de R$ 1,2 trilhão foi dado pela entidade em crédito. Em vez de gerar grandes empresas, o resultado foi atrasar o capitalismo nacional e aprofundar ainda mais a corrupção dos anos PT no poder. 

PAC 

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 quando o Brasil navegava nas águas favoráveis de uma economia que crescia a bons níveis, impulsionada pela valorização das commodities. 

Em 2016, quase dez anos depois, as maiores obras previstas pelo PAC ainda não tinham saído do papel. A maior delas, a refinaria Premium 1, no Maranhão, que movimentaria R$ 41 bilhões, simplesmente foi descartada. Os mais pobres também saíram perdendo. Apenas 53% das obras de habitação previstas no Complexo do Alemão foram concluídas. 

As que saíram do papel se tornaram exemplo de corrupção e incompetência, como a refinaria de Abreu Lima, em Pernambuco. Com orçamento inicial previsto de R$ 5,6 bilhões, a última estimativa para finalizá-la estava em R$ 35,7 bilhões.

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