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Prezados camaradas comedores de torrada com abacate,

Precisamos abandonar Karl Marx como abandonamos a TV a cabo. 

Nós somos uma geração que está cansada de guerras (e ameaças de guerras), massacres e sensacionalismo na mídia. Como embaixadores da economia compartilhada e investidores em criptomoedas, nós estimamos muito a inovação e o empreendedorismo. 

Karl Marx não é quem pensamos ser. A sua filosofia não se alinha aos nossos valores. Precisamos procurar por alguém mais alinhado ao que é importante para nós – alguém como Ayn Rand. 

Aqui estão três motivos para rejeitarmos o velho Karl e o trocarmos por Ayn Rand. 

1 - Karl Marx defende o uso da violência para conseguir o que deseja

Nós odiamos a sequência constante de guerras que os EUA se envolvem. Seja no Iraque ou no Afeganistão, ou a ameaça do Estado Islâmico ou da Coreia do Norte, nós estamos cansados de tudo isso. Por que não podemos todos conviver bem? E nem vamos começar a falar sobre os massacres. Estamos em 2017, pelo amor de Deus! Essa violência precisa acabar. 

Karl Marx não se sente assim. Infelizmente, ele diz que o único meio de conquistar o estado político ideal é por meio de uma revolução violenta: 

“Ao descrever as fases mais gerais do desenvolvimento do proletariado, rastreamos a guerra civil mais ou menos velada, furiosa dentro da sociedade existente, até o ponto em que essa guerra desencadeia uma revolução aberta, e onde a derrubada violenta da burguesia lança as bases para a agitação do proletariado.” 

O Manifesto Comunista, Karl Marx

Ah, cara... Por favor: Sem. Mais. Guerras. 

Ayn Rand, por outro lado, não é uma proponente da violência. Ela diz que a violência deveria ser um meio de autodefesa. Se alguém invade o seu país, você pode retaliar. Se alguém lhe dá um soco no rosto, você pode retaliar. Mas não há motivo para empregar violência a não ser que você ou as suas coisas tenham sido atacados. 

“Uma sociedade civilizada é aquela em que a força física é banida das relações humanas – nas quais o governo, atuando como um policial, pode usar a força apenas em retaliação e apenas contra aqueles que a usaram primeiro.” 

A virtude do egoísmo, Ayn Rand

2 - Karl Marx apela para a indignação emocional

Eu suspiro toda vez que um baby boomer fala sobre os “millennials mimados de hoje em dia”. Nós não somos mimados. Não somos preguiçosos. E quando eles tentam nos pressionar a ir mais à igreja ou jogar menos videogames ou comprar uma casa ou nos casarmos “enquanto somos jovens”? Por favor. Apelos emocionais são péssimos. 

E nem vamos começar a falar sobre o sensacionalismo da mídia. Já estamos cansados dos rostos vermelhos raivosos gritando, das mentiras descaradas e do incentivo ao medo, das “guerras contra o natal”. A mídia está constantemente tentando nos jogar uns contra os outros. 

Acontece que Karl Marx usa a mesma histeria de “nós contra eles” que a CNN e a Fox News. Ele apela à pena e ao ultraje emocional para – como discutimos acima – tentar nos fazer começar uma guerra. 

“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, chefe e assalariado, em uma palavra, opressor e oprimido, permaneceram em uma oposição constante um ao outro, mantiveram uma luta ininterrupta, ora oculta, ora aberta, uma luta que cada vez terminou seja em uma reconstituição revolucionária da sociedade como um todo ou na ruína mútua das classes contendentes.” 

O Manifesto Comunista, Karl Marx 

Não aceitamos nada disso, certo? Nós estamos cansados de sermos manipulados por revolta e histeria. Chegou a hora de mudar o canal para algo um pouco mais calmo, mais estável e mais empoderador. 

Ayn Rand, felizmente, tem o empoderamento pacífico que sentimos tanta falta. Enquanto Karl Marx quer que culpemos os outros (a burguesia) pelas nossas dificuldades, Ayn Rand quer uma introspecção e talvez reavaliação de valores. Em vez de nos incentivar a nos camuflarmos em uma “união de trabalhadores”, ela quer que cada um de nós se empodere enquanto indivíduo para criar uma vida significativa para si mesmo. Já chega de histeria coletiva! 

“Não deixe o seu fogo apagar, cada fagulha insubstituível, nos pântanos desesperançosos do quase, do ainda não, do nada. Não deixe o herói da sua alma perecer em uma frustração solitária pela vida que você merecia e que nunca conseguiu alcançar. O mundo que você deseja pode ser conquistado. Ele existe, ele é real, ele é possível, ele é seu.” 

A Revolta de Atlas, Ayn Rand

3 - Karl Marx quer que a humanidade repouse sobre os seus louros 

Bem, nós temos iPhones muito bons, a Space X pode resgatar e relançar foguetes e, graças a serviços como HelloFresh e BlueApron, não precisamos mais ir ao supermercado. Chegou a hora de fazer as malas! Encerrar o expediente! Galera, vá para casa! Não temos mais motivo para inovação. 

Pelo menos, não de acordo com Karl Marx. 

Se as coisas acontecessem como Marx deseja, todos os incentivos para melhorar e criar coisas mais legais teriam sido retirados das nossas vidas juntamente com a nossa propriedade privada. Seguindo a progressão lógica da sua filosofia comunista, quando todos estamos nos escravizando pelo “bem maior”, e os membros de maior desempenho na sociedade estão tendo os frutos do seu trabalho distribuídos para os de menor desempenho (insira aqui lembranças de sanguessugas em trabalhos em grupo na escola), é isso que acontecerá. A inovação chegaria ao fim com o marxismo. 

“A afirmação de que os homens deveriam ser retidos em empregos que se tornaram desnecessários, fazendo trabalho que é descartável ou supérfluo, para poupá-los das dificuldades de serem treinados para novos empregos – e, portanto, contribuindo, como no caso das ferrovias, à destruição virtual de uma indústria inteira – essa é a doutrina do direito divino à estagnação.” 

A virtude do egoísmo, Ayn Rand

Mas com a filosofia de Ayn Rand, as nossas coisas sempre serão nossas. Nós não teremos que dividir o nosso Nintendo Switch com a nossa irmã mais nova (que derruba o seu celular dez vezes por dia) a não ser que quisermos. Podemos nos tranquilizar sabendo que se assumirmos um grande risco (e investirmos em criptomoedas enquanto os nossos pais sussurram “esquema de pirâmide”), teremos a oportunidade de grandes recompensas. E o melhor de tudo, com a filosofia de Ayn Rand confirmando o nosso desejo de sermos grandes e criamos grandes coisas, talvez um dia possamos ter JARVIS, mochilas a jato e tapetes voadores

O fato é que Karl Marx não se alinha ao que é mais importante para nós, millennials. Se dependesse dele, estaríamos começando mais guerras violentas, aumentando a lacuna de desconfiança entre nós e retirando todos os incentivos que temos para deixar o mundo ainda mais legal do que ele já é. Então chegou a hora de adotarmos um novo filósofo. Vamos nos espelhar em pessoas como Ayn Rand.

Tradução de Andressa Muniz

Conteúdo publicado originalmente no site da Foundation for Economic Education

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