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Felipe Camozzato, vereador pelo NOVO em Porto Alegre: mentalidade empreendedora | Tiago Trindade/Divulgação
Felipe Camozzato, vereador pelo NOVO em Porto Alegre: mentalidade empreendedora| Foto: Tiago Trindade/Divulgação

Felipe Camozzato, quinto vereador mais votado em Porto Alegre nas eleições de 2016, eleito pelo Partido Novo, apresenta-se, primeiramente, como empreendedor. Formado em Administração pela UFRGS, com pós-graduação em Liderança Competitiva Global pela Georgetown University (Estados Unidos), Camozzato, 29 anos, foi embaixador da Confederação Brasileira de Empresas Juniores em Bruxelas.

Em participação no Fórum da Liberdade na manhã desta terça-feira, 11, em Porto Alegre, ele afirmou que a atitude mais importante do sistema político para o fomento do empreendedorismo é “não atrapalhá-lo”. O vereador criticou entraves impostos ao setor privado pela burocracia, e ressaltou que uma das bandeiras de sua gestão é facilitar a abertura de novos negócios no município de Porto Alegre.

Qual o seu balanço dos primeiros meses de mandato? O que já foi possível realizar na Câmara de Vereadores?

São três meses só ainda, né? (risos). O que a gente está fazendo? Primeiro, entregando o que a gente prometeu em campanha de não gastar mais de 2 mil reais dos 16 mil disponíveis de verba de gabinete. A gente está seguindo bastante à risca. Até foi menos que isso que a gente está gastando, mas, de qualquer forma, cumprindo. Não tenho toda a equipe nomeada (dos nove cargos passíveis de nomeação, apenas cinco serão utilizados), como a gente tinha falado também. Já apresentamos e montamos uma frente parlamentar de empreendedorismo e da desburocratização. Porto Alegre ocupa uma das posições mais ingratas dos rankings de empreendedorismo e tempo de abertura de empresas aqui no Brasil e a gente quer mudar esse cenário. Então mexer com leis que atravancam o desenvolvimento de negócios e também acelerar o processo e municiar o executivo de alterações que facilitariam a vida de quem quer empreender. Basicamente isso.

Qual a sua relação com o Executivo municipal?

Eu sou um vereador independente. Hoje tem uma situação onde tem a base e a oposição do governo Marchezan, que tem esse desafio. Porto Alegre possui uma situação financeira bem complicada. Votamos e aprovamos redução de secretarias. De 37, entre secretarias e órgãos que respondiam diretamente ao prefeito, agora restam 15.

Você foi eleito pelo Novo, um partido que se apresenta como inovador na forma de fazer política. Você reconhece risco de o Novo sucumbir aos vícios da política partidária?

Na verdade, eu não tenho essa preocupação de entrar no vício tradicional porque o Novo tem uma ferramenta que nenhum outro partido dispõe. Por não fazer uso do fundo partidário, em outras palavras, por não usar dinheiro público pra se sustentar, o Novo precisa ser coerente com seus princípios e valores. A partir do momento que eu votar alguma coisa que seja em desacordo com aquilo que eu falei em campanha, o cara que doa dinheiro para o partido, que é filiado, que sustenta o partido, ele deixa de dar o dinheiro e o Novo se torna um projeto inviável. Assim como quando tu vai a um restaurante e é mal atendido, tu não volta lá. Os partidos políticos que não têm isso, pois, como podem usar dinheiro público para se sustentar, não têm o compromisso de ser coerentes. Eles podem falar uma coisa, fazer outra e vão continuar existindo e tendo dinheiro. Então isso me dá segurança até porque até ontem eu era empreendedor e agora estou na condição de vereador, de poder botar minha cara, minha reputação, minha carreira à disposição de uma legenda que eu me sinto seguro para defender, que eu acredito que vai ter essa coerência.

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