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| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Vídeos que promovam a venda de armas de fogo e acessórios não poderão mais ser veiculados pelo YouTube a partir de abril. O anúncio foi feito pela plataforma nesta quarta-feira (21). Serão removidos ainda os conteúdos que mostrem como construir e remodelar armas.

A decisão é vista como uma tomada de posição da empresa diante do debate acalorado que ocorre em todo mundo, mais precisamente nos Estados Unidos, sobre o uso de armas de fogo. No próximo sábado (24), sobreviventes do tiroteio em uma escola Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos, realizam marchas por todo o país pedindo maior controle na venda de armas de fogo, em protesto intitulado “March for Our Lives” (“Marcha pelas Nossas Vidas”).

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Estudantes têm utilizado o YouTube para fazer uma campanha contra a indústria de armas e também contra o maior grupo de apoio a esses dispositivos nos Estados Unidos, a National Rifle Association. Grandes varejistas como Dick’s Sporting Goods e Walmart também tomaram medidas para limitar as vendas de armas.

Para produtores de vídeos sobre armas e defensores da Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege o direito dos cidadãos de manter e portar armas, a proibição está sendo vista como censura.

No Facebook, a InRange TV, empresa responsável por vídeos sobre armas, disse que as ações do YouTube têm sido “cada vez mais arbitrárias e caprichosas e, por isso, não há razão para acreditar que essa nova política não será usada para prejudicar vídeos de forma injusta”.

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A National Shooting Sports Foundation, associação de comércio da indústria de armas de fogo, disse que as novas políticas do YouTube são “preocupantes”, segundo um comunicado divulgado online. O YouTube é uma “praça pública virtual” e as novas políticas ferem a liberdade de expressão “que tem proteção constitucional”, disse o comunicado.

Segundo o YouTube, o site trabalhou por meses com especialistas para atualizar suas diretrizes.

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