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Orla de Balneário Camboriú: litoral catarinense é o "queridinho" dos curitibanos | Rubens Chaves/Folhapress
Orla de Balneário Camboriú: litoral catarinense é o "queridinho" dos curitibanos| Foto: Rubens Chaves/Folhapress

Hora da compra

Conselhos para a compra de imóveis

Na hora de comprar um imóvel, é preciso ponderar muita coisa além das questões de ordem financeira. Confira as dicas da coordenadora do Laboratório de Orçamento Familiar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ana Paula Cherubim.

Aspectos familiares

A família vai crescer, vai diminuir, os filhos estão em idade de sair de casa? O casamento passa por uma crise? São perguntas que devem ser feitas, para que a compra da casa própria seja realmente uma solução, e não mais um problema. Em caso de dúvida, por que não alugar por um ano, para experimentar?

Aspectos financeiros

Além de uma boa poupança, é preciso ter a perspectiva de ganhos crescentes; renda estacionária, ainda que absorva bem as prestações, não é o suficiente. Lembre que as despesas vão muito além da entrada e das prestações. Há a mobília, a mudança, instalações e até os gastos com o cartório não são desprezíveis.

Aspectos econômicos

Nunca comprometa mais de 30% da renda familiar com gastos na aquisição de um imóvel, seja ele para morar, como segunda residência, lazer ou até mesmo para investimento. No caso de aumentar ou melhorar a moradia, o imóvel velho tem de valer, pelo menos, 30% do escolhido para a troca.

Perspectivas do mercado

Se a ideia é comprar o imóvel pensando em investimento, esse não é o momento propício. A especialista afirma que a valorização das edificações não vai crescer na mesma velocidade dos últimos anos, portanto, o retorno não será o mesmo. Acima de tudo, "não coloque todos os ovos na mesma cesta". A variedade de opções traz segurança ao investidor.

70% das pessoas que buscam um segundo imóvel preferem uma casa ou um apartamento na praia para o lazer da família. E metade delas não tem dúvidas: a melhor opção é o litoral de Santa Catarina, Balneário Camboriú ou Florianópolis, de preferência.

  • Família Machado comprou imóvel em Florianópolis pelo preço equivalente ao de um apartamento médio no bairro Atuba, em Curitiba

Ter uma casa ou apartamento na praia é um desejo que seduz 84% dos entrevistados pela pesquisa Perfil Imobiliário. Dentre os que de fato planejam investir em um segundo imóvel, sete em cada dez afirmam que pretendem comprar uma unidade no litoral.

Segundo o levantamento, o litoral de Santa Catarina é o "queridinho" dos curitibanos. Nem mesmo o intenso movimento da BR-101, especialmente em feriados e no verão, é suficiente para tirar o ânimo. A família curte mesmo é um imóvel, pode ser casa ou apartamento, de preferência em Flo­ria­nópolis ou Bal­neário Cam­boriú.

O casal Roberta e Dennys Andrei ­Ma­­chado procurava um imóvel para investimento em Curitiba quando descobriu que pelo mesmo preço de um apartamento médio no Atuba poderia comprar um equivalente, com três quartos, na valorizadíssima Beira Mar Norte, em Florianópolis.

E foi o que fizeram. O apartamento é alugado durante o ano e usado pela família para o lazer du­rante o verão.

Apenas 7% das pessoas ouvidas pela pesquisa já rea­lizaram o sonho de ter um segundo imóvel. Destes, 56% possuem casa na praia e 28% apartamento na praia; apenas 9% têm chácara e 7% optaram por uma casa de campo; neste caso, em sua maioria, o imóvel fica na Região Metro­politana de Curitiba.

Ramo hoteleiro

A novidade, neste ano, fica por conta do investimento em hotéis, situação em que o investidor pode ser proprietário de apartamentos em estabelecimentos hoteleiros, gerenciados por bandeiras conhecidas, como acontece no The Five East Batel. O lançamento, do tipo multiuso, é da Tecnisa, na Rua Dr. Pedrosa; além do hotel, tem mais quatro utilidades: residencial, comercial, shopping e corporativo.

O imóvel na planta, que andou em baixa depois da falência de algumas construtoras, voltou com toda força, conta o gerente de vendas da Galvão/Brasil Brokers, Marcos Al Kass. A compra é mais confortável para quem pretende apenas investir. De qualquer forma, o cliente curitibano está mais criterioso e as negociações perderam um pouco a velocidade.

Na pesquisa realizada na feira de imóveis, apenas 15% dos entrevistados buscavam o imóvel como forma de investimento; deste total, 80% pensam em revender o imóvel depois de pronto, ou ainda antes da entrega das chaves. Os demais 20% investiriam para alugar.

Em Curitiba, avalia o superintendente da Apolar Imóveis, Jean Michel Galiano, há poucos bairros com espaço para grandes empreendimentos. Por isso, os interessados devem ficar de olho, nos próximos anos, nas possibilidades oferecidas pela Linha Verde, Santa Cândida, Juvevê e Cham­pagnat.

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