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Passado o pico de  lançamentos, o mercado esta se equilibrando | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Passado o pico de lançamentos, o mercado esta se equilibrando| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Se 2013 foi marcado pelo volume de entregas de novos imóveis em Curitiba, com número recorde de unidades residenciais prontas em empreendimentos verticais, este ano o mercado se ajustou à demanda. O ciclo continua favorável ao comprador, com muita variedade, grande número de imóveis em oferta e disposição das incorporadoras em negociar. Todos esses fatores dão munição ao comprador na hora de fazer um negócio.

INFOGRÁFICO: Dados do mercado imobiliário em 2014 mostram acomodação do setor

De acordo com a pesquisa da Brain (Bureau de Inteligência Corporativa) feita para Associação dos Dirigentes do de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná( Ademi-PR), de janeiro a setembro de 2014 foram entregues quase 15 mil novas unidades residenciais na cidade, incluindo apartamentos, casas, sobrados e residências em condomínios. Destes, cerca de 6 mil são apartamentos.

Os 71 empreendimentos verticais que foram finalizados nesses nove meses colocaram no mercado 5.985 apartamentos. A Ademi-PR estima que até o final do ano esse número chegue a 9 mil unidades prontas em 107 edifícios residenciais.

Em 2013, quando foram entregues cerca de 15 mil apartamentos, Curitiba teve o ápice das finalizações dos edifícios lançados quatro e três anos antes. Agora, as incorporadoras priorizam lançamentos verticais de produtos com maior procura: os apartamentos de altíssimo padrão e o segmento dos chamados imóveis de entrada.

Outro indicativo do ajuste é o volume de estoque das incorporadoras, que se estabilizou em torno de 11 mil apartamentos residenciais. "É um percentual de estoque saudável para o mercado, girando em torno de 30% de disponibilidade sobre a oferta", afirma Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR.

A este volume se soma o número de imóveis residenciais usados, que está em cerca de 18 mil unidades, segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR). Parte desse total inclui os apartamentos em estoque nas incorporadoras.

Para Marcos Kahtalian, sócio-diretor da Brain, os dados revelados pelo Perfil Imobiliário refletem o cenário atual da economia brasileira. "O desaquecimento da atividade econômica no país este ano afetou todos os setores, inclusive a indústria imobiliária. Houve redução nos investimentos e no volume de lançamentos projetados", diz.

Ele cita a pesquisa de licenciamentos para novas construções, que apresentou redução de 11% em Curitiba no período pesquisado de 2013 para 2014. "A retração no número de alvarás residenciais mostra desaceleração na intenção de lançamentos e de construções futuras", diz.

Em contrapartida, Selig observa uma aceleração nas vendas de imóveis novos no último trimestre deste ano. "O ano foi atípico, mas após a Copa e as eleições, a movimentação vem crescendo", afirma o presidente da Ademi-PR.

"As grandes incorporadoras tiveram mais foco no estoque do que nos lançamentos e as pequenas e médias lançaram em menor escala. As empresas locais seguem acreditando em nosso mercado", diz ele. "Há muita disposição das empresas em negociar, portanto, a hora é boa para o comprador."

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