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Fachada do Jockey Plaza: shopping deve ser concluído em 2016 . Aposta é atrair mais investidores. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Fachada do Jockey Plaza: shopping deve ser concluído em 2016 . Aposta é atrair mais investidores.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

De acordo com as previsões e expectativas dos responsáveis pelas obras, dentro de aproximadamente dois anos, tanto o shopping Jockey Plaza quanto o trecho da Linha Verde que vai do Viaduto do Tarumã às proximidades do Rio Bacacheri e a ligação cicloviária Pinhais/Centro de Curitiba, que passará pela Avenida Victor Ferreira do Amaral, devem estar prontos. Nesse meio tempo, o Ginásio do Tarumã deve reabrir para pequenos eventos, depois de passar por reformas pontuais para corrigir questões de estrutura e segurança.

INFOGRÁFICO: Veja as principais obras previstas para o bairro

Apesar desse esforço conjunto entre iniciativas pública e privada para revitalizar o bairro, que é a principal via de ligação entre Curitiba e Pinhais, o mercado ainda vê com alguma incerteza a atratividade do bairro para a incorporação imobiliária.

Para o presidente em exercício da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Jefferson Gomes da Cunha, existe uma perspectiva de mudança no bairro, que tem perfil residencial e é majoritariamente composto por casas. “A perspectiva existe, mas não é possível determinar em quanto tempo isso vai acontecer. Vai depender prioritariamente da conclusão das obras públicas, assegurando as condições mínimas de infraestrutura e equipamentos”, explica.

Outra questão que gera dúvida é o zoneamento da região, que deve ser decidido a partir dos direcionamentos do novo Plano Diretor de Curitiba, aprovado no início de novembro pela Câmara Municipal. De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), a discussão sobre o zoneamento deve acontecer ao longo de 2016, o que impossibilita prognósticos.

Sem esse direcionamento, representantes do setor fazem apostas. “Na minha opinião, o que deve desenvolver é a área próxima à Linha Verde. Os serviços devem ficar na avenida Victor Ferreira do Amaral e na própria Linha Verde. Internamente não acredito que vá mudar muito”, antecipa o diretor da imobiliária Apolar Daniel Galiano. A previsão é baseada na possibilidade de construir prédios altos nas quadras mais próximas à Linha Verde e na disponibilidade de terrenos nessas áreas.

Otimismo

O Ippuc acredita que as novas áreas de comércio e lazer vão gerar “um novo tipo de animação” no bairro, o que deve contribuir para a revitalização da área tanto quanto a facilitação do acesso e do deslocamento devido à Linha Verde Norte e à ligação cicloviária.

Para Osvaldir Benato, proprietário da construtora e incorporadora Casteval, empresa que tem 22,5% de participação no Jockey Plaza, o novo empreendimento deve não apenas atender uma demanda da região, mas também atrair novos negócios e moradores, provocando desenvolvimento. “O mercado imobiliário virá atrás disso”, resume.

Comerciantes da região esperam maior fluxo de pessoas

Obras complementares da Linha Verde formam conjunto de revitalização em andamento no bairro.ANTONIO COSTA/ARQUIVO/GAZETA DO POVO

Além da esperarem que as mudanças no bairro tragam melhorias de urbanização e novas oportunidades de trabalho para moradores da região, os comerciantes do Tarumã acreditam que elas devem ser boas para os negócios. “Vai valorizar, vai melhorar o acesso ao bairro”, resume a empresária Claudete Aparecida Antunes da Silva, dona de uma lanchonete na região.

Com isso, Claudete e outros comerciantes acreditam que pessoas de outras regiões da cidade devem passar a frequentar o bairro, o que acarretará em maior movimento para o comércio. “O fluxo deve aumentar uns 40%, 50%”, estima o gerente de uma farmácia localizada na avenida Victor Ferreira do Amaral Luiz Fabiano Lima.

Ainda assim, quem trabalha no comércio local não acredita que as mudanças devem trazer muitos novos moradores para a região. “O movimento será ‘de passagem’. O bairro é formado por pessoas que moram aqui há anos e deve continuar assim”, diz a proprietária de uma loja de produtos veterinários Walkiria Regina Oliveira.

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