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Manifestação sindical em Brasília, em maio de 2017 | Nilton Fukuda/ESTADÃO CONTEÚDO
Manifestação sindical em Brasília, em maio de 2017| Foto: Nilton Fukuda/ESTADÃO CONTEÚDO

O secretário de Relações do Trabalho, Carlos Cavalcante Lacerda, que emitiu nota técnica a favor da contribuição sindical foi exonerado nesta segunda-feira (2).

O detonador da demissão foi o aval à volta do imposto sindical após realização de assembleia. Lacerda é subordinado ao ministro do Trabalho, Helton Yomura, ligado à Força Sindical e filiado ao Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SD-SP).

Leia a íntegra da nota técnica.

A AGU (Advocacia-Geral da União) deve emitir documento no qual afirma que a nota técnica de Lacerda é inconstitucional.

A Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho já elaborou parecer desautorizando o entendimento do secretário.

O parecer, do dia 29 de março, diz que o enunciado da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) que defende a cobrança do imposto após realização de assembleia “não tem valor legal”.

O documento da área jurídica afirma também que “não que se falar em retirar do participante a competência individual para decidir sobre a contribuição sindical”. “De mais a mais, delegar tal competência às assembleias é ir de encontro à lei.”

A nota técnica nº 2/2018, de Lacerda, foi emitida no dia 16 de março.

Leia também: Por que o STF precisa decidir logo sobre a contribuição sindical

Lacerda relatou à reportagem que mais de 80 sindicatos solicitaram sua manifestação. Disse ainda que o documento serve para as entidades “embasarem o entendimento de que a assembleia é soberana”.

Na nota técnica, Lacerda afirmou que seu órgão tem competência para emitir manifestações técnicas sobre legislação sindical e trabalhista.

A reportagem procurou Lacerda, mas não obteve contato.

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