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Como premiação, a professora recebeu troféus, notebook e uma lousa digital completa, com projetor. | Ronaldo Canos 
Como premiação, a professora recebeu troféus, notebook e uma lousa digital completa, com projetor.| Foto: Ronaldo Canos 

Expedita Estevão é aquela professora que adora inovar e que sempre busca novas formas de trabalhar com seus alunos, encarando todos os desafios da educação para a cidadania nas séries inicias do Ensino Fundamental. Por esse motivo, ela já apareceu diversas vezes aqui na Coluna do Ler e Pensar, com práticas que buscam não só transformar as crianças de sua turma, mas também a comunidade escolar. 

Veja como exemplo a matéria “Água e óleo não se misturam”, publicada em outubro de 2017 aqui na Gazeta, que conta um pouco mais sobre a coleta de óleo de cozinha que foi pleiteada pelas crianças e que ganhou as ruas da cidade. Trabalhar a conscientização sobre o descarte correto do óleo e as consequências da contaminação da água foi apenas uma das diversas atividades que Expedita e as crianças realizaram ao longo do período escolar de 2017. 

O interesse das crianças pela temática “Água” deu-se por meio da leitura da “Carta escrita em 2070”, publicada originalmente na revista “Crónicas de los Tiempos”, em abril de 2002, que faz uma dramatização de como seria a Terra no futuro, sem água. Essa leitura aguçou a imaginação e a preocupação dos alunos e os questionamentos começaram a surgir: Podemos mesmo ficar sem água no futuro? Como vamos criar nossos filhos se não tiver água no Planeta? As respostam não vieram de maneira fácil. Foi preciso muita pesquisa para entender como cada um é responsável por uma parcela do lixo que contamina a água. 

Ações que geram cidadania 

Como nem só de teoria vive a turma da professora Expedita, foi colocando a mão na massa que as crianças aprenderam mais sobre as consequências do lixo, da poluição da água e do consumo exagerado. Transformaram a Escola em um posto de coleta de óleo e visitaram a sede da Sanepar e o Museu da Imagem e do Som, em Curitiba, local em que puderam aprender mais sobre os objetos do passado, refletindo então sobre a geração de lixo eletrônico e suas consequências. 

As crianças também perceberam a importância da reutilização, atribuindo novos usos para materiais que antes iam para o lixo, utilizando-os em sala de aula cotidianamente. Organizaram na escola o “Dia do Desapego”, momento em que puderam repensar o consumo, compartilhar, trocar e doar brinquedos, livros, CDs e outros objetos que não usavam mais. 

Para a professora, mais do que muito trabalho, foi um ano de reflexão. “Procurei fazer com que as crianças entendessem que essa quantidade de lixo no mundo se dá devido ao grande consumo na atualidade e durante nossas conversas procurei refletir com elas sobre coisas que compramos e que muitas vezes nem estamos precisando ou até mesmo sobre objetos que são substituídos sem necessidade”, contou. 

Com certeza, foram muitos aprendizados e conquistas não só para a professora, que foi vencedora do Grand Prix do Concurso Cultural Ler e Pensar de 2017, mas também para sua turma e para a comunidade escolar, que puderam desenvolver a cidadania de maneira transformadora.

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